A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Conta Chico

Pois bem...me desculpem se escrevo antes do texto do Chico para a foto que vou mostrar abaixo mas simplesmente me deu vontade de outra vez dividir com todos a maneira como escrevo. Montei o "Historias" de uma sugestão do meu amigo Carlos de Paula e para escrever sobre os amigos e o que gosto, o automobilismo, com os amigos estou sempre em contacto, são papos intermináveis pessoalmente ou por telefone com todos; Chico, Ricardo & Ricardo & Ricardo Bifulco, Crispim, Biju, Jr, Arturão, Julio, Manduca, Caranguejo, Duran, Conde, Ronaldão, Claudinho, Fernando, Fabio Poppi, Zuzu, Regina, Cassio, Gláucio, Gabriel, Sergio, e por falar nisso devo uma visita ao Bird, e outros muitos outros e assim vou dividindo com vocês um pouco da historia de nosso automobilismo. Escrevo, ou escrevemos sem prepotência ou soberba, sem pensar que sei o sabemos mais que ninguém dividimos tudo aqui como se estivéssemos papeando sentados numa mureta de box e vocês são sempre muito bem vindos à este papo.
O motivo de todo esse papo é a foto e o e-mail que recebi do Chico contando um pouco sobre ela. Abri o e-mail no sábado ou domingo e resolvi esperar o Caranguejo enviar o Cancha Reta IV para conversar com o Chico depois de fazer o post, o que aliás não contei para ele e hoje liguei perguntado se poderia postar seu comentário na foto. E como sempre nossos papos começam em um parafuso ou roda e acabam em Tazio ou Jimmy, mas enquanto conversávamos fui colocando os nomes nas fotos, quando chegou o de Eloy Gogliano falamos sobre o grande dirigente que com Wilson Fittipaldi idealizou e realizou as Mil Milhas Brasileiras. Ao chegar a vez de colocar o nome de grande Luiz Pereira Bueno veio a mesma emoção de sempre quando falamos dele. Ao escrever disse à ele que o chamava apenas de Luiz, meu irmão e outros o chamavam de Luizinho muita gente o chama de vários apelidos e Chico então me disse que também o chamava de Luiz e assim ficou nosso grande campeão na foto.

Desculpem novamente se me alonguei e um abraço nosso à cada um de vocês.  

Rui Amaral Jr   

     
"... , pois é RUI, vendo a foto da largada da FORMULA FORD da TEMPORADA BUA me veio algumas lembranças à mente, e em primeiríssimo lugar, como não poderia deixar de mencionar o PÚBLICO, AUTODROMO de INTERLAGOS (((( o verdadeiro )))) completamente lotado...!!!!!!!!!!, o que será bom para as nossas OTORIDADES darem uma olhada e porém com as duas mãos na """" cabeça""" para verem onde eventualmente se está errando ..!!!!!!!!!! Agora o GRID , onde talvez eu possa errar alguma coisa, mas vamos lá :::::

EMERSON F. ( LOTUS). RAY ALLEN. ( ROYALE). WILSON F. (LOTUS)

LUIS P. BUENO ( LOLA). LOTUS (?). IAN ASHLEY ( LOTUS)

CHICO L. ( MERLIN ). (?). NORMAN CASARI ( MERLIN). (?) (?)

(?). (?). (?)

PS: Na sétima posição talvez seja eu, pois me lembro que o NILSON CLEMENTE me emprestou seu capacete BELL todo BRANCO, o que da para enxergar na foto... Lembro também de ter chegado em quarto ou quinto e que EMERSON venceu secundado por IAN ASHLEY ... não lembro do número do carro, mas era verde das cores da equipe de S. MOSS pelas quais LUIS P. BUENO e RICARDO ACHCAR corriam... Não se pode deixar de mencionar a variedade de chassis no GRID, tais como LOTUS , ROYALE, MERLIN, TITÂN, CROSLER e mais um que não me lembro......... , """ igualzinho"""" 'as nossas categorias !!!!!!!!!!!???????????????

Abraço amigo de CHICO LAMEIRÃO"

Torneio BUA de Formula Ford - Março de 1970

NT: O Torneio BUA de Formula Ford foi disputado no Brasil em cinco corridas, Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza, novamente Rio e aqui temos um belo depoimento do Ricardo Achcar sobre a corrida e a final em São Paulo. No link abaixo a Quatro Rodas digitalizada onde vocês encontrarão a matéria sobre a corrida no ano de 1970 na edição de março. A foto comentada é da AutoEsporte de março de 1971.


PS: Na continuação do papo ontem falamos da carreta que comprei do Chico, feita na Porsche, do VW D3 ex Hollyhood que comprei do Luiz, carro que o Julio Caio correu e do painel que o Chico fez para ele, abaixo mostro a foto.
E mais...apenas uma indiscrição...mas provavelmente no ano que entra teremos o livro  "Chico Lameirão" e lá vamos saber mais, muito mais!

  Box em Interlagos autódromo José Carlos Pace, o #27 de Ricardo Bock e ao fundo meu carro repousa sobre a carreta.
 
Largando em Interlagos ao lado de Adolfo Cilento e Duran.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Guerreiro...

Ricardo vence em Mallory Park.
Luiz, Chris Steel, Ricardo e Antonio...


Hélio Canini Jr.

Bom dia, caro amigo e mestre Rui!
Tentando saldar o meu compromisso...
Utilize somente o que considerar pertinente.
De certa forma, foi positivo minha demora em enviar os meus singelos comentários, pois pude complementar um cenário mais abrangente sobre a história do Ricardo.

Vamos lá...
Cheguei ao Rio em março de 1967, com 14 anos e quase nenhum contato com a realidade automobilística do Brasil. Foi através, inicialmente, da revista Autoesporte, e no ano seguinte da Quatro Rodas que comecei a saborear aqueles anos mágicos.
Quando morava em Manaus, ao ter contato com uma enciclopédia denominada "Livro da Juventude" fui, irremediavelmente, inoculado pelo "vírus" da velocidade...
Havia um breve relato sobre um tal de Jim Clark, foi paixão à 1ª. leitura!
Avançando um pouco no tempo, chegamos ao início de 1970, mais especificamente ao Torneio internacional BUA de F-Ford.
Cada reportagem, de ambas as revistas, sobre o referido Torneio foram "degustadas" dezenas de vezes.
E eis que me deparo com o surpreendente relato do Ricardo Achcar, através de uma postagem do Mestre Rui, sobre a corrida do Rio de Janeiro.
E fiquei matutando sobre a verdade dos fatos e as "versões" sobre os fatos, narrados pela mídia.
No imaginário dos consumidores de notícias, como eu, havia ficado como verdade, a descrição fornecida por aqueles dois veículos de comunicação.
Os dramas e "dores" dos bastidores ficaram no limbo. Ficaram as "versões"!
Primeiro fez-se justiça à verdade real dos fatos, e segundo resgatou para os amantes da velocidade, uma deliciosa epopéia de um piloto, que já era o ídolo de muitos aficionados pelo automobilismo de competição no Brasil, desde a sua primordial vitória na Inglaterra em 1968!
Sim! Ricardo Achcar nunca seria esquecido em virtude do seu feito em Oulton Park, em julho de 1968.
Já era admirado e respeitado pelo público consumidor de notícias, por ele haver sido o Campeão Brasileiro de F-Vê em 1968. E um "pequeno" detalhe, do qual já nem lembrava mais...
No campeonato de 1968, o 2º. colocado foi um tal de José Carlos Pace (que corria com o nº. 2, isto eu lembro...), e em 3º. lugar chegou u outro "desconhecido", que corria com o carro de nº. 7, conhecido como Emerson Fittipaldi...
Está bom para vocês? Ou querem mais?
Então, voltando aquela corrida no Rio de Janeiro..., não se deve colocar em dúvida, o relato de alguém que fazia acontecer pelo talento e velocidade! O relato de um campeão que venceu campeões!
Eu arrisco dizer que, se ele houvesse ido para Europa 5 ou 10 anos antes, poderia ter sido com quase certeza, o 1º. brasileiro Campeão Mundial de F-1. Se o cara com 31 anos batia nomes como Pace e Emerson... O que ele não faria, mais jovem na Europa?
Na 1ª. bateria largou em 22º. e chegou em 12º. lugar! E se tivesse largado em 4º. ( ou até em colocação melhor...), já que o Norman Casari largou em 5º., e ele Achcar, havia feito um tempo cerca de 1'4" mais rápido com o mesmo carro?
Penso que ele teria vencido ambas as baterias, com toda certeza!
Mas, talvez..., isto não fosse bom para os interesses comerciais...
Falar sobre a 2ª. bateria, é "chover no molhado", inclusive com o registro fotográfico...
Agora só fico no aguardo pelo relato sobre as causas da "pane seca" da 2ª. bateria.
O cara era uma lenda, bem antes das lendas...
Um grande abraço ao meu eterno ídolo e ao novo amigo e Mestre da velocidade Rui.

Hélio.

P. S. _ Foi triste ver um comentário infeliz e injusto num artigo até bem elaborado por Carlos de Pádua, intitulado "

TORNEIO BUA DE FÓRMULA FORD", em que o articulista declara: "

"Os três brasileiros que brilharam na Europa tinham presença confirmada. Emerson com um Lotus, Luisinho com um Merlyn e Ricardo Achcar com um Lola."

"Ricardo Achcar teve atuações apagadas, sem muita sorte com a Lola, e não concluiu o torneio. "

"Atuações apagadas"???

Meu DEUS!!!

Hélio Canini Jr

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Caro Hélio, muito obrigado por suas palavras, apenas o Ricardo merece todo o crédito, sou apenas um escrevinhador de blog e amigo dos amigos tentando resgatar a história de nosso automobilismo mostrando fatos desconhecidos, mas que foram significativos.
Não enviei seu texto antes ao amigo Ricardo ele certamente vai ficar emocionado ao ler, é algo como “estar vestindo luvas e capacete antes de uma largada”...
Novamente obrigado e um forte abraço, meu e certamente do Ricardo!  

Rui Amaral Jr  

PS: Hélio, você não poderia imaginar, mas seu texto vai de encontro com uma intensa troca de comentários ontem entre eu e o Ricardo e depois com o Caranguejo!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Dos amigos...

tanta coisa a dizer, ou escrever, e fico aqui matutando!
A lida do automobilismo é dura, quem vê de longe não imagina, os pilotos que por aqui passam bem sabem, talvez bem melhor do que eu.
Acertar um carro é uma tarefa difícil, requer conhecimento e uma grande dose de feeling, entrosamento entre quem pilota e quem trabalha ao seu lado, uma visão da pista e do comportamento do carro, e este por incrível que possa parecer mais sentido na bunda que nas mãos!
Fora tudo isso, as difíceis batalhas extra pista, a pior de todas! Quantos grandes pilotos vi ficarem neste difícil caminho, alguns deles com um talento natural extraordinário e que apenas não conseguiram...alguns não conheci e outros tenho o privilégio da amizade...


Ao Chico e Ricardo.

Talvez tenha lido esta frase em algum lugar, ou recebido de algum amigo, creio que não vou lembrar, mas vai lá...

Piloto: Aquele que é capaz de enxergar no horizonte o ponto de fuga. Aquele ponto onde até a Liberdade...fica para trás.  


Rui Amaral Jr  

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Conta Ricardo...

Torneio BUA de Formula Ford 1970
Eu participei da primeira prova  ocorrida no Rio de Janeiro.

Vou te narrar por enquanto somente este trecho dessa epopeia
. O Antonio -Ferreirinha- estava junto.


No sábado de classificação encontramos um parafuso cravado num pistão depois que ficou impossível fazer o motor rodar regularmente. A LOLA só tinha me mandado 1 motor. O Emerson tinha 5 motores Hollbay na equipe Lotus e todos mais no mínimo 3 a 4 motores. A LOLA havia resolvido inscrever o carro DEPOIS, ela veio no transporte aéreo fretado do grupo que organizou o torneio BUA, mas veio desmontado. Eu e Antonio montamos o carro e depois a LOLA mandou um mecânico de lá para acompanhar o assunto. Foi a partir daí que nos fodemos por completo.
No sábado de classificação, como o meu motor estava impedido de rodar até o Antonio reparar para o dia seguinte eu fui ao Amadeo Girão -diretor de prova- e propus a pedido do Norman Casari que eu acertasse o carro dele que estava rodando 1:35. Propusemos igualmente que eu me classificaria com o carro do Norma Casari. Girão concordou e eu em meia dúzia de voltas coloquei o carro rodando na minha mão 1:30/6. O Norman montou na máquina e rodou 1:32 ficando se não me engano em 5º na largada da primeira bateria (eram duas baterias) feliz da vida....
Diante deste resultado o Emerson e o Luiz Bueno foram reclamar com o Girão e ganharam causa. Eu tive que largar em último lugar. Cheguei no entanto em 12º na primeira bateria.


Largada #1 Emrson e #11 Luizinho




 Emerson e Ricardo

 Ricardo e Emerson, Antonio Ferreirinha acena...
Ricardo abre um boqueirão de Emerson...

Na segunda bateria eu passei o Emerson que liderava a prova na 9º volta, abri um retão dele, quebrei o recorde da pista em 1:27.0 durante sete voltas consecutivas até chegar a essa marca que ficou como o recorde do Autódromo do Rio de Janeiro, pista inicial.

Na 18º volta acabou a gasolina...

Ricardo Achcar

NT: Voltando ao boxe comigo Marcos Sacoman estava se roendo do fato quando percebeu que era apenas a gasolina que não "haviam" completado depois da primeira bateria ou completaram de menos.

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Ilusão
" E de novo acredito que nada do que é
importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser dono das 
coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os amores que amei,
todos os amigos que se afastaram,
todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão 
de que tudo podia ser meu para sempre."

( Miguel Sousa Tavares- escritor português)



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Este texto em que Ricardo conta parte de sua história no Torneio BUA de Formula Ford, disputado no Brasil em Fevereiro de 1970, faz parte de uma intensa troca de e-mails e conversas entre nós. É apenas um pedaço, um pequeno pedaço, de uma grande história que logo vamos mostrar à vocês.
Tomo a liberdade de oferecer este post à duas grandes figuras, simplesmente dois amigos, o Antonio -Ferreirinha- e ao Marcos -Sacoman- que nos deixou à pouco.

Rui Amaral Jr   

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