A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 19 de junho de 2012

A.J. Foyt

Tive meus ídolos e heróis no automobilismo desde muito cedo, e A.J. foi um deles, assim como Clark, Tazio, Fangio, Luizinho, Camillo e tantos outros...
Lembro como se fosse hoje, na minha primeira temporada como POC - Piloto Oficial de Competição - , era assim que eram denominados os graduados na época, fiquei um pouco decepcionado com um de meus heróis. Achei que ele não era um piloto tão rápido quanto imaginava, quando o acompanhava de longe. Tempos depois, já acostumado à lida do automobilismo, voltei à admirá-lo e guardo essa admiração até hoje.
É difícil a vida de um piloto, e ela tem que ser acompanhada de determinação, garra e conhecimento, coisa que à esses homens não faltaram. Talvez tenha faltado à mim!
À eles meu reconhecimento, e gratidão, por ter visto e conhecido suas carreiras. 
Este post é de 10 de Março de 2011 e hoje senti a necessidade, ao mostrá-lo novamente, de escrever este pequeno mas sincero texto.  
A você A.J. e a todos outros grandes pilotos, minhas homenagens.    


Rui Amaral Jr  

Sua primeira corrida com um Ford.

Admiração essa é minha palavra para definir a carreira dele. Ontem no Facebook alguns amigos e eu falávamos sobre ele depois que coloquei uma frase sua ao ser perguntado quem era seu assessor de imprensa de pronto Foyt respondeu “meu assessor de imprensa é meu pé direito!” assim hoje deu vontade mostrar um pouco da carreira desse incrível piloto.
Nascido em 16 de Janeiro de 1935 na cidade de Hockley no Texas começou a correr em 1953 em corridas típicas dos EUA, Stock, Midget e outras. Sua carreira demorou a decolar, mas já no final da década era um nome consagrado nos EUA. Em 1960 vieram as primeiras vitórias de peso e daí para frente a consagração, 61 a primeira das quatro vitórias em Indianápolis as outras foram nos anos de 1964, 1967 e a ultima em 1977 já com 42 anos de idade e pilotando um carro construído por ele o Foyt/Coyote.


Indianapolis 1977 sua quarta vitória com um Foyt/Coyote. 
A.J e seu pai Tony em Indianapolis.
A.J. e seu pai Tony em um enrrosco nos Midgets.




1991 classificado na primeira fila em Indianapolis aos 56 anos 

Em 1965 sofreu o pior acidente de sua carreira, correndo de NASCAR em Riverside foi considerado morto pelo medico da pista, seu amigo e outro grande piloto Parnelli Jones reanimou-o no local. Dez semanas depois Foyt voltava às pistas para vencer ainda cinco corridas na temporada.  
No ano de 1967 correndo com outro grande piloto americano Dan Gurney venceu as 24 Horas de Le Mans pilotando o maravilhoso Ford Mark IV. 


Pilotando o Ford GT Mark IV em Le Mans 1967, na vitória com Dan Gurney.
O Mercury na vitória nas 500 Milhas de Daytona 1971.

Venceu as 500 Milhas de Daytona no ano de 1971 pilotando um Mercury.
Enfim correu e venceu em todas categorias que participou, Nascar, Stock Cars, Indy, IMSA entre outras, venceu 159 vezes e foi sete vezes campeão americano nas várias categorias. 
Piloto, construtor, dono de equipe Foyt conquistou todas as glorias possíveis no automobilismo. 
A você A.J. nossas homenagens.  










terça-feira, 3 de abril de 2012

QUINZE DIAS EM PORTUGAL


“As armas e os barões assinalados/Que da ocidental praia lusitana/Por mares nunca dantes navegados/Passaram ainda além da Taprobana/Em perigos e guerras esforçados/Mais do que prometia a força humana...” Ano de 1982; por certo o piloto Reynaldo Campello não pensava em Camões naquele verão europeu em Portugal, onde a Stock Cars brasileira iria apresentar-se em duas provas diante da torcida lusitana. Não. 



Campello provavelmente estava pensando; “Onde foram parar esses carros?!”. Os noventa participantes (pilotos, mecânicos, preparadores, jornalistas e afins) já haviam chegado. Faltavam os quatro containers com vinte Opalas Stock-Cars que haviam saído do Brasil, pensando em fazer o caminho inverso de Pedro Alvares Cabral. Se o navegante se perdeu, mais de quatrocentos anos depois, foi a vez do “circo” da Stock, que foi parar em Marselha, França. Após algum esforço investigativo de Campello e do piloto português Pedro Queiroz Pereira, também envolvido com a organização, localizaram-se as baratas, que foram trazidas via terrestre para Portugal. Claro, não sem um ligeiro atraso: chegaram ao Autódromo do Estoril, a 20 km de Lisboa, um dia antes da primeira prova do torneio, programada para 3 de julho. Seria utilizado o circuito B do autódromo, com 2.942 metros (o circuito A, onde correu a F1 tinha 4.260 metros). Combinou-se que os treinos seriam realizados na manhã da corrida; quatro horas para o reconhecimento e quarenta e cinco minutos de classificação. Às cinco da tarde, os pilotos brasileiros e alguns convidados lusitanos mostrariam um pouco do automobilismo da terra brasilis. Nestes contatos iniciais, o intrépido Lara Campos foi o mais rápido, com 1m10,19s, seguido por João Carlos Palhares, 1m10,21s e Paulo Gomes, 1m10,23s. 
Na classificação porém, Paulão cravou 1m09,63s, seguido de Palhares, seu companheiro de equipe e Ingo Hoffmann. Ingo, talvez fosse o piloto com mais intimidade com a pista lusitana, pois já estivera ali, em seus tempos no Europeu de Fórmula 2 nos anos setenta e tinha até curva com seu nome. Na hora da formação do grid, o forte cheiro do álcool, o carburante dos Stocks, atraiu mais a atenção da galera do que os carros em si. Antes que algum engraçadinho comentasse: “Interessante, aqui nós o usamos para beber e não para mover carros”, foi dada a largada. Paulo Gomes escapuliu na frente, seguido por Palhares e Ingo. A prova com duração de sessenta minutos, foi marcada pela capotagem de Sidnei Franchello na Curva 1. Franchello passou por cima do guard-rail e atingiu dois espectadores e um policial. Em ritmo de bandeira amarela, a prova continuou e Fabio Sotto Mayor substituiu Ingo Hoffmann na terceira posição. Paulão não foi molestado na liderança e ganhou fácil. Lara Campos, um dos favoritos, vinha numa tranqüila quarta posição, até começar a ser pressionado por Pedro Queiroz Pereira, Campello e Wilson Fittipaldi Jr. Estava se defendendo bem, mas na última volta uma entortada o levou a um rail. Ainda terminou em nono. 



 Wilsinho Fittipaldi
Moutinho
Pedro Queirós Pereira


Para a segunda prova, dia 18 de julho, o grid apresentou alguns carros com visíveis sinais de refrega da corrida anterior. Um destes era o carro de Lara Campos, que a exemplo de Marcio Canovas e Sidnei Franchello sofrera uma capotagem. O organizador Campello porém, estava eufórico. Tinha planos de realizar no ano seguinte um torneio de verão da Stock, com provas no Estoril, em Paul Ricard e Jarama. Empregaria a estratégia de levar atrações e citava a roqueira Rita Lee como uma possibilidade. A segunda corrida apresentou mais uma vez o domínio de Paulo Gomes. Reynaldo Campello o acompanhou até fundir o motor. Edmar Ferreira foi o segundo, Ingo Hoffmann o terceiro, Fabio Sotto Mayor o quarto e Lara Campos o quinto. Os bons vinhos lusos e a piscina fizeram algumas baixas entre os integrantes do circo, mas de certa forma, essa primeira experiência internacional da Stock foi bem sucedida e os pilotos brasileiros podem dizer que ali estiveram dois anos antes da F1 e três antes que Ayrton Senna desse início a sua saga de vitórias na categoria.


A nosso amigo  José Manuel Ferraz. 


CARLOS HENRIQUE “CARANGUEJO” MERCIO


PS: Conta Jr




Lisboa, um grupo divertido, foi D++++, mas tomei um baita susto na classificação da primeira corrida, pois estando com o melhor tempo do dia, resolvi endurecer minha suspensão dianteira trocando as molas, saindo novamente, aqueci meu carro e já vim lançado na grande reta de mais de 1000 metros em descida para fazer tempo, acredito que a mais de 230 km/h, quando pisei forte no freio o meu carro ficou sem rumo, bati muito forte. Quando me dei onde estava, percebi que estava de cabeça para baixo, havia muita fumaça dentro, bati a mão no cinto e cai de cabeça na capota, as porta não abriam, quando ouvi a voz do Paulão Gomes, sai por traz, virei e dei com os pés no acrílico traseiro saiu fácil e por ali sai. 
Mais tarde verificando o que ocorrera em minha suspensão dianteira e constatamos que o tensor de caster que é fixo no chassi e na bandeja de suspensão por 03 parafusos estava solta, por esse motivo minhas rodas abriram na freada.....coisas de corrida rsrsrs


Jr Lara Campos 



Quatro Rodas Digitalizada.
Agosto de 1982


quinta-feira, 24 de março de 2011

Stock




Olá, moçada!

Todos nós que gostamos e acompanhamos o automobilismo de competição, já vimos pilotos rápidos despontarem no cenário nacional e internacional, e se tornarem grandes promessas. Muitas que não se cumprem. Não é o caso do Thiago Camilo. Desde que começou na Stock Car, já mostrou muita rapidez e coragem, fazendo grandes ultrapassagens e dividindo a pista palma a palmo com os seus muito mais experientes adversários.
Mas o que eu quero aqui destacar, além da óbvia competência do Thiago Camilo, é o fato de que ele começou sua carreira no automobilismo, já na categoria Stock Car light, isto é, sem nunca pilotar carros de fórmula, nem muito menos correr fora do Brasil. Embora não tenha experiência internacional Camilo é um dos melhores pilotos do automobilismo contemporâneo. Como já disse em outro oportunidade, Camilo é filho legítimo da Stock Car!


Essa primeira etapa da Stock Car V8 que aconteceu em Curitiba (20/03), com a brilhante vitória de Thiago Camilo, também serviu como abertura da WTCC - World Touring Car Championship (Campeonato Mundial de Carros de Turismo), teve o condão de demonstrar o desenvolvimento do automobilismo brasileiro, tanto na tecnologia dos carros quanto na dos pilotos.

Os nossos carros da Stock Car V8 são infinitamente mais bonitos, rápidos e bravos que os carros da WTCC, que parecem os carros da Stock Car de 25 anos atrás, com pequenas rodas aro 15. Não importa se o regulamento foi concebido desta forma, o que importa é que na comparação, o que é natural, eles perdem de longe para os nossos carros.


Por outro lado, os nossos pilotos são muito mais técnicos e arrojados que estrangeiros que disputam o WTCC. Os carros não fazem nenhum barulho, porque são turbo, tem as rodas muito pequenas e os pilotos são extremamente comedidos, com raríssimas ultrapassagens. Chegam até a demonstrar certa ingenuidade na defesa de posições.
O que pude ver na corrida do domingo, bem como os chefes de equipe da BMW, que estavam do meu lado no alambrado, foi uma vitória espetacular do Thiago Camilo, que largou lá de trás e teve inteligência e maturidade para não se envolver em nenhuma confusão, imprimir um ritmo fortíssimo sem estragar os pneus e vencer brilhantemente a primeira etapa do campeonato, correndo por outra equipe.
Camilo provou que o bom piloto pode vencer na sua estréia em outra equipe (RC Competições), mesmo que sem o melhor carro e que nessa nova casa já existam dois pilotos campeões, como é o caso de Ricardinho Maurício e Max Wilson.
A Stock Car confirmou que não deve nada a nenhuma categoria internacional e o Thiago Camilo provou que está maduro e pronto para conquistar o seu primeiro título de campeão. É isso aí. Até a próxima.

PAULO VALIENGO Comunicação e marketing MTb 56052


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

STOCK CARS 1981 - Luiz Carlos Lara Campos Junior

O Jr entrou na STOCK CARS em 1981 quando a temporada já tinha começado , a seguir vai nos contar de sua corrida em Jacarépagua no Rio de Janeiro , quando contou com a ajuda do preparador Meinha , que havia saído da equipe do Bolão Spinelli .
O carro era bonito .
Jr e Edson Yoshikuma .


"Minha estréia na Stock- Cars foi no final do ano de 1981, naquele ano, a Stock disputava o campeonato brasileiro e o torneiro Rio/São Paulo.
Essa historia que vou contar foi no Rio, em 29/11/1981 , 6 etapa torneio Rio/São Paulo, era minha segunda corrida na Stock, meu carro era novo e fiz muitos treinos em São Paulo para acertar a suspensão e acertamos, mas nosso motor não rendia bem nas retomadas de curva.
Naquela época, o Waldemir Spinelli, o Bolão como era conhecido, dividia sua equipe com o Alencar Jr de Goiânia, e não sei o motivo mas mandaram seu preparador o Meinha embora. Eu querendo andar junto com os ponteiros não perdi tempo, liguei para Curitiba onde morava o Meinha e o contratei para aquela corrida, mandei a passagem de avião, chegando no Rio no final da manhã de sábado, dia da classificação de largada, meu carro estava bom de chão mas o motor não retomava, enfim estava com o 17º tempo na sexta-feira. Faltando mais de 1 hora para a classificação chegou o Meinha no autódromo, perguntou como estava relatei o grande problema de retomada do motor, ele tirou o carburador, desmontou, tirou do bolso da calça 2 bolinhas de chumbo, aquelas de pescar lambari, tampou duas passagens do corpo do carburador, e substituiu as canetas internas, ajustou a bóia, montou de novo o carburador e colocou no carro.
Sai para classificação notei que era outro motor, aqueci os pneus, em minha 3 volta marquei meu tempo e voltei para o Box. Para minha surpresa tinha feito o 3º tempo de ordem de saída, com o Paulo Gomes em 1º, Ingo Hoffamann em 2º e o João Carlos Palhares o Capeta em 4º. Na corrida perdi aposição para o Capeta depois a recuperei chegando no final em 2º lugar a 3 segundos do vencedor o Paulo Gomes."