A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 26 de abril de 2022

Tempos...

 

Mestre Luiz à frente de Joest, 500 KM de 1972.

  Então vamos bater um papo, uma conversa informal, eu daqui matutando.

Ontem ao postar sobre as 250 Milhas de Interlagos 1971 -GP Iguatemi- fiquei matutando sobre os tempos de voltas.

Logo de cara vi um erro sobre a melhor volta de Luiz na prova, 58.100/1000 para os 3.207 km do Anel Externo de Interlagos, ao fazer o calculo me deparei com uma velocidade média de 199.02 km/h, ao contrário do 187.599 km/h da revista QR. Usei para tanto o site https://www.calkoo.com/pt/tempo-velocidade-e-distancia .

Lembremos que em 1971 os pneus slicks ainda não eram utilizados, no ano seguinte nos 500 KM de Interlagos Luiz já com o carro mais acertado e com slicks virou na classificação o tempo de 53.864/1000 segundos à velocidade média de 214.34 km/h (segundo o site acima citado), quase cinco segundos mais rápido. Carro mais acertado para competir com as feras, pneus slicks...

Comparando com Silverstone 1971 quando a pole foi de Clay com o tempo de 1`18”100/1000 e depois em 1973, já com os slicks Ronnie cravou a pole com 1`16”300/1000 e Zetwelg 1971 quando a pole foi de Siffert com 1`37”440/1000 e em 1972 de Emerson com 1`35”970/1000

 Luiz ganhou cerca de 2 segundos com os slicks e o resto de acerto e conhecimento do carro, fora a batalha com iguais, coisa que não aconteceu em 1971.

Lembro de conversar com o Luiz sobre o 908/2 mais de uma vez, e ele contou ao nosso amigo Chico que com o tanque de combustível cheio tirava de leve o pé para fazer a curva Um de Interlagos, e do meio tanque para baixo fazia cravado, isto à mais de 250 km/h!

250 Milhas 1971
500 KM 1972

Hoje pensando melhor lembrei que um amigo que corria com Puma 2.000cc virou, não lembro se nesta corrida 1`13”, então errei ontem, duvido que estes VW D3 com os Cinturatto e o Simca virassem abaixo dois 1`18”.  

A quase panca de Luiz em 1971.

Rui Amaral Jr










quinta-feira, 21 de abril de 2022

Torneio SUDAM 1971 – Las Flores 8 de agosto

 

Quuatro Rodas - Setembro de 1971

Clique nas fotos para ampliar.



  Confesso que estou um pouco perdido ao postar sobre o torneio de 1971, poucas informações e contraditórias, e por mais que esforce a memória continuo um pouco perdido.

Enfim na revista Quatro Rodas encontro um texto do Anísio, nele nenhuma referencia ao torneio, no Racing Sports Cars consta como uma corrida dele.

Anísio: Um ser do outro mundo, um cara sensacional, fiquei mais próximo dele cerca de quinze anos atrás, conversar com ele era sempre muito rico e cheio de causos. Muito amigo de meu amigo Júlio Caio, vou guardar em minha memória os causos deles, coisa que infelizmente não dá para dividir.

Certa noite em um longo bate papo instigado pelo Ricardo – Bock – e movido por algumas latinhas de cerveja, ele me contou como conseguiu a licença da Porsche para Dacon de Paulo Gulart representar a marca no Brasil.

Anísio- “Veja bem Rui, o Paulo me mandou para Alemanha para conversar com um senhor que era ligado à Casa Porsche, eu não falava sequer uma palavra em inglês e muito menos alemão...foi muito bom, e voltei com a representação!”  

A conversa foi mais ou menos assim, entremeada de muitos risos, este era o Anísio.

Sobre a corrida e o Torneio Sudam deixo vocês com o artigo dele na Quatro Rodas e o link para o Racing Sports Cars, nele a presença de Massimo Pedrazzi com o Sabre-Porsche da Divisão 4, não tenho maiores informações sobre. 



Charutinho, Ricardo, Gláucio, Anísio, André e eu.



Rui Amaral Jr












sexta-feira, 1 de abril de 2022

Zeltweg 1000 Kilometres – 1972 e a equipe Hollywood

 

Jacky Ickx liderando com Luiz em quinto. 

Foto da Conexão Saloma, de meu amigo Luiz Salomão.

https://www.conexaosaloma.com.br/1000-km-osterreichring_luis-pereira-bueno-1972/ 

link

PAIXÃO E TÉCNICA AO VOLANTE

Luiz Pereira Bueno 

Na página do livro um texto de Anísio Campos.


   E lá foi a equipe Hollywood enfrentar as feras...

 Aproveitando uma revisão do 908/2 na Porsche, inscreveram o carro para os 1.000 KM de Zeltweg, decima etapa do Mundial de Esportes Protótipos.

1972 - Os monstros de 5.000cc foram abolidos com os imbatíveis 917 que venciam tudo, para felicidade da Ferrari e... pode ser que tenha um dedinho de Enzo aí. Os 908/3 com cerca de 100 hps a menos não eram páreo para elas, então seus concorrentes eram as Alfa T33T, as Lolas T280 e o Gulf Mirage, ambos com o Ford-Cosworth DFV.    

A 312 PB da Ferrari era imbatível, com seu motor flat 12, o mesmo que corria na F. Um, que gerava absurdos 460 hps.



Daytona
link

Mirage e Lola foram mais rápidos, mas... 

 Foi no meio desta batalha que Luiz e Tite entraram com o 908/2, que mesmo com cerca de cento e tantos hps a menos conseguiram largar em sétimo lugar, tendo Luiz na largada chegando a ocupar o quinto, mas depois num circuito de alta velocidade voltar ao sétimo, vinham fazendo uma bela exibição mas Helmut Marko numa bobeada os tirou da corrida.

A Ferrari fez 1º,2º, 3º e 4º nesta como em outras das corridas do Mundial.

Pace entra no lugar de Marko. Foi a estréia dele na Ferrari.
Gérard Larrousse / Vic Elford as Lolas da Ecurie Bonnier eram rápidas, mas sem esquema para vencer as Ferrari.
Mirage M6B Ford Cosworth, na foto com Redman em corrida anterior.



#18 
José Juncadella/John Bridges Chevron B21 Ford, #27 Claude Swietlik/Gilbert Salles  Lola T290 Ford, #21 Trevor Twaites/Brendan McInerney Chevron B21 Ford, a briga dos dois litros.

RESULTADO

Breve continuo escrevendo sobre o SUDAM 1971 um campeonato que segundo os argentinos teve oito ou dez provas e só encontrei resultados para seis ou sete. Numa QR um texto do Anísio que vale à pena, logo trago para vocês.


Rui Amaral Jr



domingo, 17 de outubro de 2021

Mestre Luiz...

 


 

“Peço licença ao Rui para mais uns pitacos:

 

Sobre os 500 km de Interlagos de 1972, tem um belo 'post' aqui no Histórias: https://ruiamaraljr.blogspot.com/2012/04/500-km-de-interlagos-1972.html . Nesse 'post' tem um vídeo com imagens geniais em que (não tenho certeza) esteja o único registro da batida do Rolando (Ricardo?) Nardi (Berta) na Curva 1.

 

Sobre o tempo de volta, não consigo encontrar nenhuma informação do tempo do grande Luiz Pereira Bueno, no March 711, naquela sacada de marketing da equipe Hollywood, em 1972: qual teria sido o tempo?

 

Por falar em L.P.B., parece que esse Berta LR3 que largou na primeira fila é o que virou Berta Hollywood: será?

 

Ainda quanto aos tempos de volta, o Nilson Clemente mandou bem, colocando um Avallone no meio do grid, bem posicionado, entre protótipos europeus.

 

Para os mais novos, esses 500 km foram como se hoje estivessem em Interlagos as Oreca, Rebellion, Ligier, junto com protótipos Tubarão.

Walter”

Mea culpa...

 

Walter, meu caro amigo, bem que eu disse no post que nunca fui um historiador!

Escrevi lembrando da marca estabelecida pelo Luiz com o March 711, sei que escrevi aqui mesmo alguma coisa, mas não procurei, sinto muito.

Depois de ler seu comentário vim para o computador e eis que aqui ao meu lado, na estante me olhando, estava o livro “Paixão e Técnica ao Volante” de Luiz Pereira Bueno, que ganhei de meu amigo Ronaldo Nazar. Confesso que comecei a ler o livro anos atrás, mas me veio à lembrança tantas coisas e triste deixei de lado, nunca conclui, hoje o farei.

“Cavalo dado não se olha os dentes”

Ouvi a história deste Record do próprio Luiz e das agruras que sofreu para pilotar o March alugado, apenas não lembrava o tempo de volta, então nada citei no post anterior, até porque minha ideia era fazer uma analogia com o que veio à minha mente.

A ideia da promoção do Record foi de Antonio Carlos Scavonne, alguém que muito fez por nosso automobilismo e pouco é lembrado. Scavonne pereceu no trágico acidente de Orly, e o automobilismo brasileiro perdeu o seu grande incentivador.

Agruras: Tal qual a cavalo dado carro alugado o que se tem é aquilo que vem, Chico sofreu o mesmo na Formula 2 e eu quando fiz algumas corridas de Estreantes & Novatos.

A March, do senhor Mosley, entregou a Luiz para aquela corrida que homologaria Interlagos para Formula 1 um carro que ele não pode acertar, coisa que ele fazia com maestria, e além de tudo com o motor Cosworth DFV com o limite de giros cerca de 1.000 rpm a menos que esses motores permitiam.      

https://ruiamaraljr.blogspot.com/2010/03/ford-cosworth-1967.html

Enquanto nos outros motores da equipe o limite era de 11.500 rpm o seu era de 10.500, lendo meu post sobre o Cosworth DFV escrito mais de dez anos atrás, e conversando com o Chico, calculo que o motor do Record tivesse cerca de 420 hps.

Luiz virou com o March 711 o tempo de 52`014/1000 à média de 221.963 kmh. Ligeiramente mais rápida que os 52.404/1000 de Joest na pole dos 500 Km de 1972, mas muito aquém do que um Formula Um acertado e pilotado por ele conseguiria.

Então pesquisei; Tomando como base Monza 1971 e a Formula Um e os Esporte Protótipo, uma pista de alta, na época muito parecida com o anel Externo de Interlagos.

Na Formula Um, Ronnie Peterson com o March 711 largou na sexta posição com o tempo de 1`23”460/1000, com a pole de Chris Amon de 1`22”400/1000 com a Matra MS 120B. A melhor volta na corrida foi de Henri Pescarolo com a March 711, 1`23”800/1000.

Nos Esporte Protótipos a classificação foi com chuva, a pole de Vic Elford/Gerard Larrousse Porsche 917K 1`32”930/1000 sendo que Herbert Muller com a mesma Ferrari 512M foi decimo e o primeiro Porsche 908/2 de Ernesto Brambilla/Eicky/Mattli foi vigésimo. Na corrida, no seco, a melhor volta foi de Pedro Rodriguez 1`24” à média de 246.429 kmh.

Quanto ao Record acredito que Luiz com 711 acertado e um motor de ponta girasse cerca de um segundo ou segundo e meio mais rápido. E nos 500 Km ele foi soberbo, levando o 908/2 a brigar com gente bem mais forte! Aqui algo que ficou no tempo e em minha memória, e outro dia o Chico Lameirão comentou comigo, Reinold Joest impressionado com a corrida do Luiz convidou-o para fazer parte de sua equipe na Europa, convite declinado pois aqui no Brasil sua Equipe Hollywood ia de vento em popa...

Sobre o Berta LR não tenho informações, mas certamente o Mago de Alta Gracia fez o Berta-Hollywood desenvolvendo este carro, que aqui corria na Divisão 4, com motor V8 302 da Ford o mesmo do Maverick-Berta. Nos 500 Km o LR correu com o motor seis cilindros em linha com 3.800cc, motor desenvolvido por Berta, igual ao nosso Chevrolet Opala, era uma joia que desenvolvia cerca de 380 hps.

O vídeo é de meu amigo Luis Guimarães.

Fico devendo os 500 Km que o Chico e o Lian correram com o Porsche.

 

À memória de Luiz e Scavonne.

Aos amigos Chico e Walter.  


https://youtu.be/odHCjamc92Q

vídeo sobre a corrida e o recorde do Luiz.

Agradeço ao meu amigo Fabio Farias

 

Rui Amaral Jr       

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Carreras, son carreras...

 

Tony e o 908/2 em Road Atlanta

 1969 – Aquela pequena fera com seu motor de apenas três litros encara os grandes e quase vence Le Mans, conduzida por Gerard Larrousse e Hans Herrmann chegou a meros cento e vinte metros do GT40 vencedor de Jacky Ickx e Jackie Oliver. Na classificação largaram apenas atrás dos monstruosos 917 LH.

Ainda neste ano venceu duas provas do Mundial. A icônica Targa Flório com Gerhard Mitter e Udo Schuts, fazendo também o segundo, terceiro e quarto lugares e depois os 1.000 KM de Nurburgring com Jo Siffert e Brian Redmen, quando modestamente fizeram primeiro, segundo terceiro, quarto e quinto!

O carro era um sucesso, de fácil manutenção e rápido, logo muitas equipes o tinham, e venceu muito e muitos países, em diferentes categorias e com diferentes pilotos, aqui no Brasil a partir de 1971 com o grande e saudoso Luiz Pereira Bueno.

Na CanAm para enfrentou os monstruosos Grupo 7, pesquisando encontrei sua primeira participação em Watks Glen 1969, provavelmente numa data próxima ao Mundial de Marcas, quando com Jo Siffert foi sexto, cinco voltas atrás de Bruce, o vencedor com McLaren M8B. Nesta época a Porsche entrava na categoria com o 917 PA com Jo Siffert - motor 4.500cc -, mas Tony Dean participou de de algumas provas com o 908/2 inscrito pela Porsche AUDI.

1970 – Tony Dean estava sempre pronto para abiscoitar algum resultado entre os gigantescos Grupos 7, com motores que chegavam ou passavam os oito litros de cilindrada.

Em Road Atlanta larga em  decimo com o tempo de 1`25”50/100, quando Vic Elford faz a pole com o Chaparral 2J Chevrolet, crava 1`17”42/100 mais de um segundo mais rápido que a McLaren de Denny Hulme.

Masss...Fangio já dizia “carreras, son carreras” e Tony e o pequeno 908/2 vencem.

Certo que muitos quebraram, só ele e a Lola T163 Chevrolet de David Causey chegaram na mesma volta, e apenas seis carros completaram a corrida.

Mas já que corridas são corridas o que vale é bandeirada em primeiro, o braço levantado e os fartos dólares americanos no bolso.

 

Rui Amaral Jr

 

Racing Sports Cars

link

908/2

link

O 2J Chevrolet com Vic Elford, logo seria banido das corridas 

CHAPARRAL 2J

LINK


 

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Sábado passado, na fazenda de um amigo, à mesa com Jackie e Edimar Della Barba, Águia, Crispim e eu.

Della Barba e Crispim dois grandes mestres na arte de preparar motores. Ouvimos de Crispim a loucura de enquadrar o motor do 908/2, um dia quem sabe ele conta com detalhes para todos nós.

Bom demais estar com amigos do coração.

Rui






terça-feira, 4 de outubro de 2016

Porsche 908 1.000 KM de Nurburgring 1968 Jo Siffert e Vic Elford

O 908 de Seppy Siffert e Vic Elford voa para vitória!

1968 a Porsche lança o fabuloso 908, apesar do começo dificil neste mesmo ano vence os 1.000 KM de Nurburgring com a dupla Jo Siffert/Vic Elford, na foto voando para vitória.
Em 68 a FIA anuncia o novo regulamento para carros do grupo 6 Protótipos que usaria motores de no máximo 3.000cc.
Assim nascia o 908 com chassi tubular motor de 3 litros boxer com duas válvulas por cilindro que apesar da concepção conservadora garantia 350hp para um peso liquido de 650 kg.A versão de 68 era fechada o 908 LH ou como prefiro chamar "coda lunga".
À partir de 1969 a Porsche lança o 908/2 conversivél e com cerca de 100 kg à menos, um carro colecionador de vitórias nas mãos de grandes pilotos pelo mundo afora. No Brasil Mestre Luiz Pereira Bueno tocou um com sua  maestria habitual primeiro pela Equipe Z depois transformada em Hoolywwod.
Lembro de Luiz me contando sobre o carro e como com todos Porsches de clientes a fábrica fazia uma revisão do motor à cada 50 horas de uso, ocasião em que Luiz e Tite Catapanni aproveitaram e correram na Austria uma corrida do mundial.

A maravilhosa "coda lunga"! Com este carro Hans Herrmann/Gérard Larrousse em 1969 quase venceram as 24 Horas de Le Mans chegando apenas 100 e poucos metros atrás do Ford GT40 de Jacky Ickx/Jackie Oliver.

Caro Walter, eis o 908/2 com que Jochen Rindt correu os 1.000 KM de Buenos Aires em 1970 com Alex Soler Roig.

Mestre Luiz
Tive a honra de assistir a primeira corrida de Luiz com o 908/2 da Equipe Z em Interlagos, quando largando da última fila chegou na curva "Um" na ponta, meu irmão Paulo me contava que seu amigo Walter sócio de Luiz e Anísio Campos na Equipe Z quase teve um ataque cardíaco na ocasião! 

  500 KM de Interlagos 1972, Luiz com o 908/2 já da Equipe Hoolywood vem à frente de Reinold Joest com o 908/3 um carro bem mais avançado...essa também tive a honra de ver de perto! 

O parceiro de Luiz na corrida de Zeltweg Tite Catapani à frente de Ronnie Peterson na Ferrari 312P, quando o Porsche foi fazer a revisão na fábrica. Um dia ainda conto sobre esta corrida!

Rui Amaral Jr


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Porsche 908/2

Capa de AutoEsporte, Luiz na Argentina

1968 a Porsche prepara um novo carro para brigar na nova categoria até 3 Litros, e lança o 908. Sua primeira grande atuação veio na Targa Florio de 1969, quando um 908/2 pilotado por Gerhard Mitter/Udo Schütz venceu, seguido de outros três pilotados por Vic Elford/Umberto Maglioli, Hans Herrmann/Rolf Stommelen, Freiherr Karl von Wendt/Willibert 'Willi' Kauhsen. Nas 24 Horas de Le Mans de 1969, pilotado por Hans Herrmann/Gérard Larrousse um 908 LH chegou em segundo lugar, e na mesma volta do GT40 de Jacky Ickx/Jackie Oliver, era o modelo fechado de cauda longa.

Targa Florio 1969, #266 Gerhard Mitter/Udo Schütz, os vencedores.

2º lugar Vic Elford/Umberto Maglioli

Com 3.000cc quase eles vencem em Le Mans 1969, contra o GT40 de 5.000cc.
GT40 #6 Jacky Ickx/Jackie Oliver, 908 LH #64 Hans Herrmann/Gérard Larrousse
 500 KM de Interlagos 1972, Luiz com o 908/2 à frente de Reinold Joest com o 908/3

1969 - 28 unidades construídas  

Vitórias importantes
1969 Targa Florio - Gerhard Mitter / Udo Schutz 
1969 Nurburgring 1000 km - Brian Redman / Jo Siffert 
1970 Can-Am Road Atlanta - Tony Dean 

Motor
Configuração flat 8
Localização traseira, montado longitudinalmente
Construção bloco e cabeçote em liga.
Cilindrada  2,996 litros 
Diâmetro x curso 85,0 milímetros x 66,0 milímetros 
Taxa de compressão 10.5:1
2 válvulas por cilindro, duplo comando
Alimentação de combustível Bosch Injeção
Potencia   350 CV a  8500 rpm
117 cv / litro

Drivetrain
Chassis em alumínio tubular spaceframe  
Suspensão dianteira triângulos duplos, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos
Suspensão traseira braços superiores e inferiores, braço tensor, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos
Direcção cremalheira e pinhão
Freios Dunlop-ATE, discos nas quatro rodas
Caixa de cambio Porsche 5 marchas
Tração traseira

Dimensões
Peso 600 kg / £ 1322,8
Comprimento 4.320 milímetros - Largura 1830 mm - Altura  1020 mm. (40,2 in)
Distância entre eixos 2300 milímetros , bitola dianteira  1.486 milímetros, bitola traseira  1453 mm 

Peso/potencia 0,58 cv / kg



Num belo dia em 1971

Obrigado Luiz...
O Porsche 908/2 com Luiz ao volante, lá atrás Jan Balder espia, no lado esquerdo da foto duas pessoas que conheço, apenas os nomes não lembro!

Lembro bem, muito bem, naquele dia de junho de 1971, ia fazer minha segunda corrida. Lembro do macacão feito pela mãe do Ítalo Adami - ainda outro dia falamos sobre - e do capacete aberto que usava, era verde e amarelo. Dias antes já havia treinado com o VW D3 azul #84 da equipe De Lamare, depois treinei nos dois dias de treinos oficiais, e naquele domingo ia enfrentar algumas feras da categoria Estreantes e Novatos, entre eles meu amigo José Martins Jr no imbatível Puma #48, o excelente Hiroshi Yoshimoto em outro VW D3 super bem preparado pela Kinko, José Maldonado e Paulo Condrackti ambos com VW D3 também muito bem preparados, e que já haviam disputado várias corridas antes. E também um piloto que havia estreado no mesmo dia que eu, Alfredo Guaraná.
Mas se para mim era um dia especial, para o nosso automobilismo era mais especial ainda, pois naquele dia estreava em nossas pistas a Equipe Z, fruto do esforço de Luiz Pereira Bueno, Anísio Campos e um outro sócio, amigo de minha família cujo nome agora me foge,  era a estréia do Porsche 908/2 e o embrião de uma equipe que marcaria para sempre a historia de nosso automobilismo; a Hollywood. 
Apesar de todos meus afazeres e preocupações com a minha corrida, já tinha ido ao Box da Z ver o 908/2 e cumprimentar o Luiz, e no momento da primeira largada da corrida dele, lá estava eu na mureta do Box assistindo. Foi impressionante, Luiz largou lá de trás, puxou o carro para direita, quase na grade das antigas arquibancadas, e acelerou, quando passou por mim, uns duzentos metros à frente, já vinha quase na cola dos ponteiros. Soube tempos depois que o outro sócio do Luiz e Anísio quase teve um ataque cardíaco naquela hora!
Minha corrida, oras, foi boa, nas duas baterias em uma fiquei em 5º, e outra em sexto, na soma dos tempos em sexto atrás do Guaraná. Notem que a Quatro Rodas não cita nossos nomes, mas no Ranking Auto Esporte estamos lá!
A você Luiz, onde estiver, muito obrigado!        







Infelizmente não tenho nenhuma foto com este carro, apenas o desenho feito com carinho por meu amigo Tito.

Arquivo digitalizado

Do amigo Luiz Salomão