A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Monte Fuji, Don Nichols, S. Moss e Charley Moneypenny

Nelson e Niki

Aí temos Don Nichols, S. Moss e Charley Moneypenny além de sócios japoneses.


Talvez cause certa curiosidade que a pista de Fuji, que foi a sede do GP do Japão em algumas oportunidades, se chame oficialmente "Fuji Speedway". A razão do nome yanque tem motivo: quando o projeto teve início, no começo dos anos sessenta, a idéia seria construir um Oval. O homem que deu  o "sinal verde" para o projeto foi o norte-americano Don Nichols, ex-paraquedista do Dia D, ex-agente do OSS, que no momento atuava no Japão, com o comércio de rodas esportivas e trabalhando com consultoria de empresas emergentes japonesas. O "Mistery Man" convocou o engenheiro Charlie Moneypenny, construtor das pistas de Daytona e Talladega e mais o reforço do careca Stirling Moss, que ainda estava se recuperando de seu acidente em Goodwood. Contavam também com o aval do o aval do Sports Car Club do Japão e da indústria Marubeni-Ida. O local ficava na encosta leste do Monte Fuji.

Moneypenny aponta para o que deve ser feito...



Porém, deram com os burros n'água ao verem a inclinação do terreno, além da propensão para chuvas torrenciais na região. Provas de NASCAR? Com chuva? Hah! Ainda assim a obra foi começada, mas quando a grande reta estava concluída, acabou a verba. A Mitsubishi posteriormente assumiu a idéia, mas Fuji acabou tornando-se um circuito convencional. E suas duas curvas inclinadas (30º) acabaram sendo desativadas, pelo perigo que representavam...

Só temos que dizer que tudo isso se passou em 1964...

Moneypenny era unha e carne com Bill France. Aparentemente, ele projetou outros ovais nos Estados Unidos.


Carlos Henrique Mércio - Caranguejo

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Largada em Fuji 1976.


Bem... De um papo de quase duas horas ao celular, coisa comum, chegamos a uma foto em que o Candango e Niki se abraçam, pouco antes da morte dele. Nossa admiração por eles é grande, lembrei da corrida de Fuji quando numa atitude corajosa Niki abandonou a corrida dando a Hunt o mundial.
Daí para chegar este texto dele foi um pulinho!
Não conheci "Mistery Man", apenas vi algumas vezes em Interlagos, dizem que era fera! Tem até aquele caso do monocoque do Shadow que bateu na Argentina e sumiu aqui em Interlagos. Disso nada sei, não sei quem foi ou para que foi usado, só penso que quem cometeu tal ato deve ser muito corajoso! 


"Mistery Man" em seus tempos de caserna. Logo estaria na Inteligência...

Rui Amaral Jr



 

domingo, 14 de agosto de 2022

1976 – Parte 2 – Audetto "Vou falar sobre o campeonato mundial roubado de Lauda"

 



Toda vez que Binotto apronta das suas escrevo no Face ou comento com amigos uma canção de Pepino di Capri.

“Lo sai Non è vero Che non ti voglio più... ascoltami Ritorna ancor, ti prego Con te Ogni istante Era felicita....” Daí concluo- Ritorna Forghieri, Ritorna.

Enzo não era muito chegado a Niki, que levado à Ferrari por Clay se mostrou um vencedor. Acertador de carros sabia “impor” suas preferencias a Forghieri, depois a Audetto que substituiu Forghieri como DS da escuderia, sendo que Forghieri continuou com DT e com Lauda desenvolvia modificações e avanços, o câmbio transversal da T3 foi um deles, Clay também participava, mas Niki era o interlocutor mais ouvido.





Depois do vídeo do Audetto meu amigo Walter envia um que é uma perola, o próprio Forghieri numa deliciosa entrevista/palestra contando sobre aqueles tempos, com alguns jornalistas de automobilismo.


 A palestra de Forghieri mostra um poeta do automobilismo, alguém que admira muito Clay, Vileneuve, Bruce, Niki, sou um pouco ou muito como ele.

Sobre o GP do Japão ele reproduz uma frase se não me engano do “Corrieri Della Sera” quando em destaque e não sei escrito por quem estampa “a coragem de ter medo!”.

Destaca que muitos pilotos achavam a pista impraticável naquela situação, entre eles Niki. E dá sua opinião sobre Niki dizendo que fisicamente estava em plena forma, mas mentalmente não, ainda mais para encarar aquela situação.

"Vou falar sobre o campeonato mundial roubado de Lauda"

Já Audetto, que havia assumido o lugar de DS naquele ano, não faz este tipo de comentário.

Vamos lembrar que àquela altura Lauda tinha no campeonato três pontos de vantagem sobre Hunt, largava com o terceiro tempo, atrás do pole Andretti e Hunt em segundo. Mantendo-se essas posições  era bicampeão do mundo.

Audetto fala das reuniões do pedido de Eclestone interessado no mercado e  na divulgação do evento mundo afora, talvez apenas meia dúzia de voltas em fila indiana.

Comenta também que havia um “acordo” entre Hunt e Lauda, em que o inglês naquela situação não tentaria tomar o título para si.

Duvido...

Hunt, apesar do que comentam era um profissional, trabalhava para um patrão que havia perdido o piloto que trouxera para sua equipe o patrocínio da Marlboro e ao final de dois anos de contrato deixara a equipe e patrão à ver navios. Não vou me manifestar mais sobre este assunto, ainda mais pelo enorme respeito que tenho pelo piloto Emerson Fittipaldi. Piloto rápido e batalhador Hunt jamais deixaria patrocinadores, equipe, demais apoiadores e fãs perderem por uma atitude que seria antiprofissional. Também queria o título. Não acredito de maneira nehuma que o tenha roubado.

Aqui um parêntese meu: Todo piloto é “bicho” caso contrário seria jogador de ping pong, futebol de botão... Você está no box 1, convicto que não vai largar naquela situação e centenas de metros à frente no box 30 um motor é ligado, imediatamente você se paramenta, entra no carro, manda apertarem o cinto e ligarem o motor....E, apesar das papagaiadas ditas pelos locutores e outros, piloto tem medo sim, sabe controla-lo, mas sempre ou um dia ou outro vai além, é o espirito da coisa!

Sobre a situação do abandono de Lauda comenta Forghieri, o poeta, que estava no Japão como DT, volto a lembrar, assumindo uma posição que poderia lhe trazer consequências junto ao patrão, diz a Lauda, que poderia, encontrar uma desculpa, um problema elétrico ou outra coisa qualquer ao que o Campeão replicou que não, abandonava pois não havia condições de haver daquela forma uma corrida de automóveis.

As falas de Forghieri vão de encontro ao que escrevi há mais de dez anos em “Atitude Corajosa” Lauda era um grande piloto e também um grande homem, segundo Forghieri “teve a coragem de dizer que sentia medo”.

Mauro continuou por muitos anos na Ferrari e ao final da entrevista falando sobre a fabula que o projetista Jonh Barnard veio ganhando na equipe, algo dez vezes mais do que ele diz “Eu paguei minha liberdade, não tenho débitos...e quero mantê-la”.

Deixo com vocês a entrevista de Mauro, agradecendo meu amigo Walter o envio. Ele me provoca com esses envios, me provoca a escrever e talvez ele como poucos entenda esta minha maneira atabalhoada de escrever sobre o que gosto.

Walter: Ouvi dez vezes a fala de Enzo ao telefone depois da corrida e não consegui entender, você conta caso tenha ouvido perfeitamente.

Ao Mauro, Niki e Walter.

 

Rui Amaral Jr 


terça-feira, 9 de agosto de 2022

1976 – Parte 1

 

Largada: Notem que Lauda já ficou e Clay vem para tomar a ponta.
Niki - Foto provavelmete da quinta feira.

A partir de 1974 Niki & Clay e o então DT –diretor técnico- e DS -diretor esportivo- Mauro Forghieri conseguiram levar a Ferrari 312 B3 à um nível competitivo. Clay foi vice, apesar de ficar apenas a três pontos do campeão Emerson Fittipaldi com a McLaren M23 venceu apenas uma vez, enquanto Niki vencendo duas vezes ficou em quarto no mundial.

Montjuic
Pace, Mass, Stomellen na outra Brabham, Peterson.

1975 com a 312T, genial criação de Forghieri, o cambio transversal, que já em sua estreia em Montjuic leva Niki à pole e Clay ao segundo posto na largada. Na trágica corrida Niki bateu logo na largada e Clay na 23ª volta.

Até então a liderança do campeonato era de Emerson na McLaren, e para frente uma série de quatro vitórias e um segundo lugar em Zandvoort na primeira vitória de Hunt na F.Um com a Hesket. Emerson só voltou a vencer na decima corrida em Silverstone. Niki tem três corridas apagadas e volta a vencer na última corrida em Watkins Glen, vencendo o campeonato com dezenove pontos e meio à frente do Rato.

Pois bem...no começo da semana recebo um e-mail de meu amigo Walter com uma entrevista de Daniele Audetto, no YouTube, que a partir de 1976 substituiu Forghieri como DS da Ferrari. Senti uma certa “provocação” de meu amigo e abaixo vou mostrar o link para entrevista.

1976, chega Nurburgring décima etapa do mundial e Niki com cinco vitórias, dois segundos e um quarto lugar domina o mundial com 61 pontos contra 26 de Hunt, o substituto de Emerson na McLaren.

No primeiro dia de treinos Hunt faz a volta mais rápida 7`06”500/1000 e Lauda a seguir com 7`07”400/1000, o que para os 23 quilômetros da pista não é muito. O terceiro é Depailler com o Tyrrel P34 com 7`08”800/1000.

No sábado, dia da classificação cai um toró, a volta mais rápida é de Ronnie com a March 761 com  7`27”300/1000 e com a chuva aumentando o segundo é Vittorio Brambilla também de March com 7`47”400/1000 sendo que todos outros rodaram acima dos oito minutos!

Fica valendo os tempos da sexta e com Hunt e Niki nos primeiros postos.

 

Audetto: "Vi racconto il mondiale rubato a Lauda"

Audetto: "Vou falar sobre o campeonato mundial roubado de Lauda"


 

Neste instante vou ouvindo o vídeo, e escrevendo com livre interpretação a fala de Audetto. Perdoem alguma falha.

 

Audetto - aos 5 minutos e pouco – “Depois do acidente e com Lauda em coma, na verdade não sabíamos qual a verdadeira situação dele, Enzo Ferrari pede que eu ofereça seu carro a Emerson Fittipaldi, que mesmo na situação difícil da Coopersucar não pode aceitar o convite. Depois a Ronnie Peterson que chegou a ajustar o banco pois eram bem mais alto que Lauda e treinou em Fiorano”. Mesmo no hospital Lauda já veta a ida dele para seu lugar...e nossas relações ficam difíceis, pois acredita que eu ofereci seu carro a Emerson e Ronnie”

 A Ferrari não corre a próxima etapa em Zeltweg, e na próxima em Zadvoort vai só com Clay.

Em Monza quarenta dias após e depois de ficar em uma situação delicada, quando muitos pensaram que não resistiria Lauda volta e chega no quarto lugar depois de largar com o quinto tempo, sendo que Clay, que foi segundo na corrida atrás de Peterson largou em nono e a nova contratação da Ferrari o argentino Carlos Reutmann largar em sétimo! Era Lauda de volta!

E a posição de Enzo!? Bem...Tinha uma grande equipe para cuidar muita responsabilidade, e uma vontade férrea de vencer.

Agora Audetto fala sobre a corrida.

Audetto – aos 22 minutos – “Lauda e outros pilotos não queriam correr, Emerson presidente da GPDA -Associação dos pilotos da F. Um – também não e na reunião deles nada ficou esclarecido e resolveram largar. Chovia em alguns trechos da pista e em outros estava completamente seca”

Aqui Audetto fala da situação de Laudo na corrida.

Audetto – “Niki, campeão do mundo, e com grande vantagem na pontuação do campeonato, psicologicamente não encarou esta corrida com serenidade. Na largada chovia e apenas Jochen Mass, McLaren, largava de slics, já que em alguns lugares a pista estava seca. Trocamos os pneus de Niki e ele partiu furiosamente, Clay assumiu a ponta na largada e ele estava em sétimo. E foi para cima, fazendo várias ultrapassagens e...”

 

Na verdade Niki estava em décimo e quando bateu estava atrás de Pace que terminou em quarto, vinha como digo espumando, ou babando”.

Sobre o Japão, a fala de Audetto é interessante e polemica, vou tentar escrever ainda esta semana.

Muito obrigado Walter, espero quem goste.

Amon chateado com a situação toda resolve abandonar a carreira, fez apenas mais a corrida dos EUA.



Rui Amaral Jr

Fontes:

F1Facts

link

Racing Sports Cars

   link




terça-feira, 29 de março de 2016

Hill, Niki, Ferrari, Brabham...

...em duas fotos belíssimas que meu amigo Mauro Salin postou hoje!


 1971 o batalhador Graham Hill com a Brabham BT34 em Nurburgring preparando-se para dois anos depois lançar a própria equipe, grande piloto, grande batalhador!
1977, os carros da Ferrari se preparando para o GP de Long Beach. #11 Ferrari 312T2 de Niki Lauda que com o segundo lugar empatou com Jody Schekter na liderança do campeonato que o levaria ao seu segundo titulo mundial, a vitória foi de Mario Andretti com a Lotus 78.

Valeu Mauro, um abraço.

Rui Amaral Jr

quinta-feira, 3 de março de 2016

Niki e a 312P

Na foto que meu amigo Ronaldão Nazar mostrou no Face, Niki Lauda testa algumas alterações que a Ferrari traria para a 312P para o mundial de 1974. O carro campeão do ano de 1973 traria modificações na aerodinâmica e seria pilotada entre outros grandes pilotos por Clay e Lauda, por insistência de Niki a Ferrari não correu correu o mundial de E.P. dedicando-se exclusivamente à F.Um com a 312B3 e logo à seguir com a mítica 312T que levou Lauda ao campeonato mundial de F.Um de 1975...o resto é história!

Clay testando. 


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A RESSURREIÇÃO DE ANDREAS



 Em Zandvoort a última vitória de Niki pela Ferrari na foto ele na 312T2 e Mario na Lotus 78 MKIII




1977 foi a temporada depois do improvável. No ano anterior, James Hunt fora sagrado o campeão, após o seríssimo acidente de Niki Lauda em Nurburgring. O austríaco vinha dominando o campeonato de forma incontestável com a Ferrari 312T2, quando foi surpreendido pela batida na curva Bergwerk. Hunt aproveitou a oportunidade e virou o jogo nas seis provas finais, superando Lauda por um ponto. Além das visíveis cicatrizes em seu rosto, Niki trouxera outras marcas de 1976. A torcida italiana não o perdoou por ter abandonado por conta própria o GP do Japão, quando ainda tinha chances de ganhar o título. Na nova temporada então, o campeão mundial de 1975 era considerado um piloto decadente e os especializados apostavam em um bicampeonato para Hunt; em Reutemann com a outra Ferrari; em Andretti com a bela Lotus 78 e em José Carlos Pace, com seu Brabham Alfa finalmente acertado. Lauda? Estava acabado. 

 Carlos Pace e a Brabham BT45 e sua derradeira corrida em Kyalami.

 Jody, Wolff WR1 em Mônaco seguido por John Watson, Brabham BT45

 James Hunt, McLaren M23
e com a M26.

O ano porém, começou com uma zebra: no pampa argentino, vitória de Jody Scheckter e do novo Wolff WR1. Jody não era muito cotado porque trocara a Tyrrell por uma equipe totalmente desconhecida. Na Argentina, ele fora beneficiado por problemas com Pace nas voltas finais. Mas no Brasil, a lógica pareceu retornar, na vitória de Carlos Reutemann, que fez dele o líder do campeonato. Contudo na terceira prova do ano em Kyalami, Lauda “voltava “ à vida, com a primeira vitória desde de Nurburgring. Todavia, não comemorou, chocado pelo acidente que cobrou a vida de Tom Pryce na volta 22. E o destino continuou pregando peças, pois duas semanas depois, morria José Carlos Pace em um acidente de avião, no interior de São Paulo. Na etapa de Long Beach, Mario Andretti venceu com a nova Lotus 78, mas Lauda chegou em segundo e passou a co-líder do mundial ao lado de Scheckter, que seria o líder isolado após o GP da Espanha, depois de uma nova vitória de Andretti. Nada mau para um carro estreante. E Jody continuou assombrando, pois venceu em Montecarlo e ampliou a liderança. Seria o “South African Wild Man” a surpresa de 77, qual Hunt no ano passado? O estoque de coelhos da cartola da Wolff estava acabando. Nas quatro etapas seguintes, em Zolder, Anderstorp, Dijon-Prenois e Silverstone, Scheckter amargou quatro abandonos enquanto Lauda fez dois segundos lugares, um quinto e apenas uma não-classificação. 

 Gunnar Nilson, Lotus 78 MKIII
 Jacques Laffite, Ligier JS7

 Alan Jones, Shadow DN8
 Niki

Para além disso, nomes novos apareceram no rol dos vencedores: Gunnar Nilsson, venceu seu primeiro GP na Bélgica e Jacques Laffitte venceu o seu, na Suécia. Nos demais, a lógica. Andretti triunfou em Dijon e James Hunt (era ele o number one, lembram?) venceu pela primeira vez no ano, na Grã-Bretanha. Daí em diante, só deu Lauda. Vitórias em Hockenhein e Zandvoort; um segundo lugar em Osterreichring, outro em Monza e um singelo quarto lugar em Watkins Glen bastaram para fechar a conta. Lauda bicampeão, contrariando todas as expectativas. Alan Jones e a Shadow venceram na Áustria e Mario Andretti levou a melhor em Monza. Que importância teve isso? Nem a reação tardia de Scheckter, ganhando em Mosport Park ou James Hunt no Japão. Niki Lauda, de contrato assinado com a Brabham-Alfa para 1978 nem mesmo compareceu a essas provas. Mas já tinha deixado claro quem era o dono da banca...

CARANGUEJO



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

1977...

Lauda supera a tragédia de Nurburgring e a final do campeonato no Japão e domina o campeonato. Mesmo tendo seu companheiro de equipe Carlos Reutmann vencido antes dele e Mario Andretti tendo vencido quatro corridas contra as três dele, faz seis segundos lugares e três corridas antes da final faz um quarto lugar em Watkins Glen e vence de forma brilhante seu segundo mundial de Formula Um!
James Hunt e Jody Scheckter também venceram três corridas cada e as outras vitórias foram de Carlos Reutmann, Gunnar Nilson, Alan Jones, e Jacques Laffite.     

 Lauda, Ferrari 312T e Andretti Lotus 78 MKIII.



sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Niki

 Kyalami 1972, Graham Hill, Brabham BT33, Lauda, March 721 
Com Pescarollo, Willians (March) 721.

Começou sua carreira na Formula Vê e depois nos carros esporte, em 1971 estreou na Formula Um em Zeltweg, pilotando um March 711 da equipe oficial STP March Racing Tean, obviamente comprando seu lugar. Largou em 21º lugar e quebrou na vigésima volta das 52 da corrida.
Em 1972 continuou na equipe, comprando seu lugar por US$52.200, correndo com o March 721, depois 721X e 721G e das treze corridas da temporada seu melhor resultado foi o sétimo lugar em Kyalami, uma volta atrás do vencedor Denny Hulme de McLaren M19A. Apesar de não marcar nenhum ponto na temporada foi constante, numa equipe que tinha o super bota Ronnie Peterson, primeiro piloto que conseguiu com o pouco competitivo 721 em suas três versões 12 pontos.


1973 Watkins Glen, Merzario com a Ferrari 312 B3 na frente do pelotão, Lauda na BRM P160E é o quinto.

Chega 1973 e aparece uma vaga, à ser comprada, na BRM, Niki consegue um empréstimo bancário, alguns dizem que às custas da fortuna da família, outros que sobre um grande seguro de vida, paga por ele US250 mil (sem absoluta certeza aqui puxo ela memória!). Com a BRM P160 marca seus dois primeiros pontos no Mundial de Formula Um, foi em Zolder na Bélgica.   
Ao final de 1973 a Ferrari dispensa seus dois pilotos, Jackie Ickx, algumas corridas antes do final e o combativo Arturo Merzario.Lembro bem de um texto de Jacky Ickx para a revista Autosprint quando ele saiu da Ferrari, escreveu que foi um dos grandes vencedores da equipe, mostrava as vitórias, as voltas na liderança e muitas outras peculiaridades de sua passagem na equipe, só que titulo não conseguiu nenhum.


 1974, Brands Hatch, a Corrida dos Campeões não era valida para o Mundial de F Um, Lauda x Ickx com a Lotus 72E.

Uma nova crise se abatia sobre a equipe, e para 1974 convida Clay Regazzoni para ser seu primeiro piloto, que perguntado por Don Enzo se tinha alguma preferência para o lugar de segundo piloto, indica Niki.
Pilotando a Ferrari 312B3 na nova versão de 1974, Niki começa melhor do que Clay, estréia com um 2º lugar na Argentina e vence na Espanha, em Montjuich, com Clay em 2º, vence novamente na Holanda, mas são oito suas quebras no campeonato. Clay mais experiente, e apesar de uma vitória apenas, luta pelo titulo com Emerson até a última corrida, quando em Watkins Glen o brasileiro vence seu segundo titulo.


Monttjuich 1975






Nurburgring 1976, Carlos Pace, Brabham BT45 Alfa Romeo, lidera Lauda pouco antes do acidente.

1975, após as três primeiras corridas, Buenos Aires, Interlagos e Kyalami, quando a Ferrari correu com o modelo 312B3, pouco competitivo frente aos adversários, chega a fase européia e a estréia do modelo 312T. Na estréia em Montjuich Lauda faz a pole com Clay ao seu lado, mas numa largada tumultuada, como seria a corrida, os dois batem e abandonam. A seguir Lauda vence três corridas seguidas, Mônaco, Zolder e Anderstop, com pole nas duas primeiras, e depois de vencer em Le Castellet segue firme para seu primeiro titulo mundial, vencido em Monza quando chegou em 2º na vitória de seu companheiro Clay Regazzoni. Vence ainda em Watkins Glen e abre 19 ½ pontos sobre Emerson, o ½ ponto da 6ª colocação em Zeltweg, na tumultuada vitória de Vittorio Brambilla.   


 Japão 1976


Depois é história, a atitude corajosa de abandonar no Japão, a saída da Ferrari, depois do segundo titulo em 1977, quando disse que não via mais motivação para ficar andando em voltas para não chegar a lugar nenhum, a volta pela McLaren e mais um titulo...




Rui Amaral Jr





quinta-feira, 28 de junho de 2012

ATITUDE CORAJOSA


Lauda, Ferrari 312 T e a sua frente Carlos Pace Brabhan BT45 em Nurburgring momentos antes do acidente que quase tira a vida do Austríaco. Seguem Lunger e Harald Ertl. 


1976 Niki Lauda estava no topo, havia vencido o mundial de pilotos e construtores no ano anterior para a Ferrari, o que não acontecia à equipe desde 1964, do começo tendo que comprar um lugar para pilotar um Formula Um era agora um dos mais altos salários da categoria.
Vinha liderando o campeonato, havia vencido os GPs do Brasil em Interlagos, Kyalamy na África do Sul, Zolder na Bélgica, Montecarlo no Principado de Mônaco e Inglaterra em Brands Hacth...quando  à 1º de Agosto no GP da Alemanha em Nurburgring após uma saída da pista e batida seu carro ficou atravessado na pista, Brett Lunger que vinha com seu Surtees TS19 um pouco atrás não conseguiu desviar e bateu em Lauda que envolto em chamas demorou demais para ser retirado. Resultado ficou alguns dias em coma entre a vida e a morte. Antes dessa corrida tinha 64 pontos no campeonato contra 38 do James Hunt que com a vitória em Nurburgring, após o reinicio da corrida com a vitória passou então a somar 47.
Incrivelmente Lauda se recuperou a tempo de disputar o GP da Itália em Monza, corrido em 12 de Setembro apenas 41 dias após o acidente que quase lhe tira a vida, apesar do rosto deformado e ainda ter problemas devido as queimaduras. 
Resumindo o campeonato e Formula Um chega ao Japão com Lauda tendo 68 pontos e James Hunt 65.


 A largada.

Aquele foi o primeiro GP do Japão e a expectativa em torno dele era enorme, afinal o campeonato se decidiria ali. 
Andretti de Lotus 77 foi o pole a seu lado Hunt e na segunda fila com o terceiro tempo largaria Lauda, apenas mantendo a posição o austríaco seria o Campeão. 
Na hora da corrida chovia e a neblina era forte alguns pilotos entre eles Hunt achavam que ela devia ser adiada mas a organização mesmo com algum tempo de atraso resolveu dar a largada assim mesmo.



Lauda


A largada é dada às 3 horas e Hunt dispara na ponta enquanto Lauda entra nos boxes e diz “É um crime correr desse jeito, e eu não vou fazer isso”  e abandona dando o titulo de mão beijada a Hunt.
Vendo tudo que está acontecendo em nosso automobilismo penso quantos pilotos teriam a coragem de tomar essa atitude. Muitos dirão”ele era Campeão do Mundo”. Nada disso ele foi é corajoso, muitos de nós naquela situação inventariam uma quebra, uma saída de pista em um lugar qualquer, para depois se desculparem do erro. Ele não, desceu do carro e falou a verdade coisa que falta a muitos pilotos hoje em dia em várias situações.
Quanto aos dirigentes, “ora dirigente é dirigente” poucos deles já puseram suas preciosas bundas em um carro numa situação dessas para poderem avaliar com isenção como é difícil  pilotar desta forma. 

Hunt