A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Reims 1963

Clark, Hill e encoberto Gurney.

1963, nascia um mito...nesta quarta corrida do campeonato Jimmy que já havia vencido os GPs em Spa e Zandvoort caminhava para seu primeiro titulo mundial com a Lotus...havia um simbiose entre Clark e Chapman talvez impossível de acontecer na atual F.Um. Jimmy vestia o carro que era feito para ele e maravilhava à todos com seu talento natural, sua velocidade pura, sua visão da corrida. Reims foi a sua sexta vitória na categoria de um total de vinte e cinco, numa época em que o campeonato era disputado em mais ou menos dez corridas e era muito competitivo. Muitos como no texto abaixo creditam à esta corrida ou a de Monza em 1967 como as maiores de sua curta carreira, prefiro não fazer juízo sobre, pois sei que cada vez que ele sentava em um carro de corridas era para dar o seu máximo, andar sempre no limite.
Ao final de 63 e depois de vencer oito das dez corridas da temporada finalmente o Rei era coroado Campeão do Mundo!   

Rui Amaral Jr      




quinta-feira, 5 de março de 2015

PASTOR DE OVELHAS


500 Metros para a Eternidade. Esse era o título para a matéria com a cobertura sobre o acidente fatal de Jim Clark em Hockenheim, na revista Quatro Rodas de maio de 1968. Comentei a respeito com o Rui que vem de lá com um de seus inícios de frase preferido: “Por que você não escreve sobre os 2.860 dias de Jimmy até a eternidade, na F1?” Bom, seria tema de uma tese de doutorado e ainda ia ficar muita coisa de fora. Se fosse cometer uma loucura dessas, iria focar em três fases distintas da carreira do Jimmy: início meio e fim. E ver o bicho que iria dar. O cara topou. E foi após essa pequena história ilustrativa, que você, meu caro leitor, teve mais uma vez de me engolir (ou não, tem muita coisa melhor por aí), contando como um garoto pastor de ovelhas, um dia resolveu ser o melhor motorista do mundo.

1ª parte

O Sunbean Talbot
DKW Sonderklasse

James Clark Jr. iniciou cedo seu amor pelos carros. Imagine o pequeno James, um jovem varão cercado por quatro irmãs maiores, morando numa fazenda em Kilmany House Farm, Fife, Escócia, tentando garantir o seu espaço. Filho obediente, jamais lhe passou pela cabeça contrariar seus pais, que é claro, não viam corridas de automóveis como “atividade de gente séria”. Secretamente, Jimmy já conhecia os macetes de como dirigir um carro, segundo parece, desde os oito anos. E aos dezessete, foi-lhe permitido participar de eventos amadores de Rally, contanto que não atrapalhasse seus estudos. Porém, a adrenalina, mesmo nessas competições modestas falou mais alto e levou o tímido Jim Clark a desobedecer os pais: começou a dizer publicamente que iria tornar-se um piloto de competições. Foi quando passou a enfrentar além da desaprovação paterna, o deboche e o escárnio de seus vizinhos e amigos, que o viam como uma piada. “O Fracote do filho dos Clark pilotando? Foi a melhor do dia”. Mas a decisão estava tomada. Jimmy esperou até completar 20 anos, idade mínima para competir na Escócia e lá foi ele com seu Sunbean Talbot para as primeiras disputas. Ligou-se à equipe de Ian Scott Watson e experimentou também um DKW Sonderklasse. Em seus dois primeiros anos, seus resultados e participações foram singelas e faltou pouco para que ele voltasse a cuidar do rebanho de ovelhas da família. Salvou-o um convite de um time melhor estruturado, o Border Rievers, que o deixou então mais perto da eternidade...

2ª parte



Lotus Ford Cortina
 1964 Indianápolis...
....notem os pneus escolhidos por Chapmam!

Em 1964, Jimmy atingira a metade da trajetória para a eternidade, mas ele não sabia disso...Deixara de ser objeto de riso de sua comunidade. Um ano antes, vencera com o Lotus Climax 25, o campeonato mundial de F1, sem tomar conhecimento da concorrência. Seguramente, em 64 o script seria o mesmo, não fosse a ânsia de seu chefe, um certo Colin Chapman, por estar sempre um passo adiante das outras equipes. A temporada chegara à metade com Clark na liderança. O Lotus 25 o conduziria ao bicampeonato, mas Chapman considerou que o time não poderia ficar parado esperando que os adversários melhorassem seus carros. Estava na hora de estrear o Type 33, com seus pneus mais largos e nova suspensão. No meio da temporada, o título na mão e o desafio de um carro novo. Os adversários agradeceram: Com o Lotus 25, cinco GPs, três vitórias; com o Lotus 33, cinco GPs, três quebras. Como consolo, a pole position nas 500 Milhas de Indianápolis. Só não venceu porque Chapman (outra vez?) optara por usar os pneus Dunlop em vezes dos confiáveis Firestone. A escolha equivocada custou seu abandono, com a suspensão avariada. E vitória incontestável no British Touring Car Championship com o Lotus Cortina. Pela frente, havia a perspectiva de dias melhores com o acerto do Lotus 33 e...o que o futuro reservaria para Clark?

3ª parte

Vitória em Kyalami
1968 Tasman Series no grid.
1968 Tasman Series brigando com Chris Amon em Surfers Paradise.
(Chris vem pendurado, sente-se a velocidade na foto!)
No dia anterior à Hockenheim, no programa Werner Scheneider no F2 o piloto alemão Kurt Ahrens.

  Largada em Hockenheim ao lado de Chris Amom.
No Estádio em Hockenheim.

Grandes esperanças se descortinavam ante Jim Clark, o melhor piloto do mundo e suas 25 vitórias na F1. Era o ano de 1968 e já no primeiro dia de janeiro, ele atingira a marca histórica, vencendo a etapa de abertura do campeonato em Kyalami. Bem melhor do que no ano anterior, quando começara a temporada com o problemático Lotus BRM 43, depois passando para o Lotus Climax 33, até o modelo 49, equipado com o motor Cosworth V8 ficar pronto. A união de Jimmy com esse fantástico carro aconteceu um pouco tarde, contudo. Denny Hulme e a Brabham Repco tiraram partido de que, como todo carro novo, o Lotus 49 carecia de alguns acertos. Moral da história: Clark venceu quatro GPs mas Hulme só precisou de duas vitórias para ser o campeão. Mas isso era passado. Com o carro acertado, Jimmy estava pronto para o Mundial e demonstrara isso vencendo a Tasman Series, com a versão “oceânica” do 49, havendo ainda a promessa de bons resultados com o Lotus Turbine, que estrearia em Indianápolis. Mas antes, teria de realizar um compromisso menor: disputar uma etapa do campeonato europeu de Fórmula 2, em Hockenheim, Alemanha. Um evento pequeno com a presença de tamanha personalidade e mal sabíamos nós, que sua carreira nesse mundo de aflitos, teria termo em uma das árvores da Floresta Negra em Hockenheim...

À você Jimmy que no dia 4 de Março faria 79 anos.

CARANGUEJO

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Alan Stacey

Jimmy e Alan em Spa 1960.
Zandvoort 1960 com a Lotus 18.

ALAN STACEY, piloto britânico com passagem pelo Lotus Team no final dos anos cinquenta e sessenta, figura seguramente na lista daqueles que se não se deixam abater, que se rebelam, o que o torna um bom exemplo para ser falado nestes dias. Ele é o cara que com vontade, muda sua perspectiva e busca a mudança, um novo destino, seja ele qual for. Stacey nasceu em agosto de 1933. Aos dezessete anos, sofreu um acidente com sua  motocicleta que o deixou sem a parte inferior da perna direita. E então, o que fazer? Deixar-se sentar à beira do caminho e praguejar? Que nada. Ele viu aí uma bela chance para tentar a sorte com os carros e com um acelerador de motos adaptado à alavanca de velocidades (devido à prótese que passou a usar), envolveu-se com os automóveis a partir de 1955 e primeiramente com um Lotus MK VI, posteriormente com um Lotus Eleven, obteve resultados que chamaram a atenção de Colin Chapman. Na temporada de 1958, recebeu uma chance para pilotar o Lotus 16 no GP da Grã-Bretanha de F1, o qual abandonou na 20ª volta. Mas ganha nova oportunidade na temporada seguinte e corre em Aintree (Grã-Bretanha) e Sébring (USA). Foi melhor na prova “de casa”, terminando em oitavo e abandonando nos Estados Unidos. 

Colin, Innes, Jimmy e Alan.
No box em Goodwood, 1959.
 Zandvoort 1960, #4 Innes e #5 Alan.

Em 1960, foi contratado para fazer toda a temporada, ao lado de pilotos como Innes Ireland e um estreante escocês chamado Jim Clark. No GP da Argentina, ainda está com o velho Lotus 16, mas recebe o modelo 18 em Montecarlo e com ele larga também no GP da Holanda. São corridas sem destaque, mas procura uma melhor sorte em Spa-Francorchamps e seu desafiador traçado de 14 quilômetros. O evento belga começou com mau presságio, especialmente para  a Equipe Lotus. Nos primeiros treinos, o experiente Stirling Moss perdeu uma roda(!!) em Burnenville, bateu e fraturou as pernas. Mike Taylor, outro que pilotava um Lotus 18 (no caso, de uma equipe particular), sofreu uma quebra da coluna de direção. Ele mais tarde processaria Chapman, responsabilizando-o por sua invalidez e ganharia a causa. Na corrida, o londrino Chris Bristow foi a primeira baixa. Ele vinha lutando duramente com seu Cooper T51 contra a Ferrari D246 do local Willy Mairesse, pela sexta posição. Na volta 19, quando passavam por Burnenville, onde Moss se acidentara, Chris perdeu o controle, bateu em um barranco e foi decapitado por uma cerca de arame farpado próxima. Cinco voltas depois, foi a vez de Stacey. Segundo testemunhas, ele teria sido atingido no rosto por um pássaro, em plena reta de Masta. A batida foi violenta e o carro incendiou-se e aquele jovem piloto de 26 anos morreu. Um final de semana para ser esquecido e que tocou fundo ao recém chegado Jim Clark. Vencedor em Spa-Francorchamps de 1962 a 1965, Jimmy sempre surpreendeu muita gente quando dizia que detestava o circuito belga.  

Curiosidade: Alan Stacey formava com seu mecânico Bill Bossom, uma parceria inusitada nas pistas. Bill não tinha um dos braços e fora o responsável pelo acelerador manual que possibilitava ao amigo competir.  

CARANGUEJO

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Em resposta ao post anterior mostro novamente o post do Caranguejo de 26 de Junho de 2013 e agradeço à cada um vocês pelos comentários...André, Claudinho, Paulo Delavigne, Paulo Alexandre Marques, Heitor, Wagner, Marcelo, Sandra, Adolf e Paulo Solariz, à todos meu forte abraço...nós não esquecemos!

Rui Amaral Jr


terça-feira, 22 de abril de 2014

RECLAMES


1968, Clark na Tasmânia.

Dizem por aí que o “inventor” do patrocínio no automobilismo foi Colin Chapman, através da marca Gold Leaf,em 1968. É verdade que Chapman assinou com a Imperial Tobacco um contrato para a Lotus nas categorias onde ela se apresentasse. Mas na primeira corrida da temporada de 68, vencida pelo inesquecível Jim Clark a equipe ainda portava o green british Racing. O carro só apareceu vermelho, branco e dourado na Tasman Series, dando início a uma fase nova do automobilismo no mundo. 

Tean Guston 1967
1968 com a bela Brabham BT20
1967 em Kyalami Jonh Love chega no segundo lugar com a Cooper T79 atrás de Pedro Rodriguez de Cooper T81  

Mas na verdade, devemos agradecer ao Dr. Anton Rupert, executivo da indústria tabagista sul-africana, bilionário e crítico do apartheid. Foi Rupert quem criou o Team Gunston, equipe que surgiu em dezembro de 1967 e participou do GP em Kyalami/68, com dois carros, um Brabham BT20 para John Love e um LDS para Sam Tingle. Antes da Lotus. Então foram esses obscuros afrikaners quem criaram o patrocínio? Na verdade, a primazia, ainda que acidental, deve ser mesmo creditada ao Lotus Team. 

A Lotus 25 Climax de Geki Russo no GP da Itália em Monza 1965

E ao piloto italiano Giacomo “Geki” Russo, tetra campeão italiano da Fórmula 3 e que participou do GP da Itália em 64-65-66. Sua únicas participações na F1, Geki fez uma tentativa em 1964 com um Brabham BRM BT11, mas não obteve qualificação; no ano seguinte, reapareceu com um Lotus Climax 25 e um inusitado apoio, como podemos ver na foto. Dizem que Chapman, recebeu o patrocínio em espécie...Finalmente em 1966, foi o nono colocado com o Lotus Climax 33, mas quis o destino que este pioneiro ficasse mais conhecido como uma das vítimas do terrível GP de F3 em Caserta, 1967. E nunca podemos descobrir aonde o salame o levaria.

1968 Jarama,  Hill vence a primeira corrida em mundial de F. Um com a Lotus 49 com as cores da Gold Leaf, na foto à frente de Hulme e a McLaren M7A.

CARANGUEJO

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Silverstone 1963...

a dupla Jim e Colin com o fantástico Lotus-Climax 25 vinha embalada para conquista de seu primeiro mundial de Formula Um. Em 1962 o carro havia se mostrado rápido tendo Jimmy vencido sua primeira corrida na categoria em Spa e mais duas corridas em Aintree e Watkins Glen mas foram quatro quebras e  o titulo ficou para Graham Hill e a BRM P57 que com quatro vitórias ficou 12 pontos à frente de Clark. Agora em 63 Clark já havia vencido três corridas...

#8 Jack Brabham-Brabham BT7, #9 Dan Gurney-Brabham BT&, #6 Bruce McLaren-Cooper T66, Clark-Lotus 25, #1 Hill BRM P57,  John Surtees-Ferrari 156/63 e Trevor Taylos-Lotus 25.

Clark faz a pole com Gurney em 2º, Hill em 3º e Black Jack completando a primeira fila em 4º...o vídeo mostra como foi a corrida...


Resultado

1º Clark
2º Surtees
3º Richie Ginther
4º Lorenzo Bandini
5º Jim Hall
6º Chris Amon

Depois de Silverstone foram mais três vitórias.


 Monza finalmente Clark, Chapman e a Lotus vencem o  mundial! 





Parabéns Heitor - Heitor Luciano Nogueira Filho - além de pilotar muito você conhece muito a história do automobilismo! 



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Gilles


Pesquisando na Quatro Rodas encontrei esta perola, cujo texto me neguei a ler todo...vejam bem “errou pela última vez” e “e ele não soube desviar”.
Confesso que já em 1982 não lia mais nossas duas revistas de automobilismo, a QR e AE, à exceção de quando meu amigo Expedito voltava a alguma delas. De lá para cá são essas perolas que acompanham grande parte da cobertura desse esporte que tanto amamos. 
Obviamente quando acompanho alguma corrida pelos nossos canais abertos respeito muito os bons comentários do Barrichello, Edgard e outros pilotos que sabem muito bem sobre o que falam, até o Burti, que acho um pouco chato, quando assisto pela emissora oficial respeito, afinal eles têm uma “boa” idéia do que é pilotar e ir buscar um tempo! 
Sensacionalismo, vontade de mostrar que sabe muito mais do que na verdade sabe, hoje mais do nunca são constantes em nossas reportagens automobilísticas, então devemos com muita parcimônia absorvermos o que lemos e ouvimos!

 



Villeneuve; todo piloto que anda sempre no limite erra, até Jimmy, Chueco e Tazio, e para andar na frente é quase sempre imprescindível estar no tal limite! E numa volta de classificação, andando no fio da navalha, é impossível mudar a trajetória sem que nada aconteça, só quem nunca observou direito ou nunca teve que fazer o mesmo pode dizer que “ele não soube desviar”. 


À Gilles, que levou a arte de pilotar ao extremo, ao seu mais belo sentido. 

Rui Amaral Jr



link


NT: 32 anos depois é complicado escrever sobre um reportagem, me desculpe o autor que não conheço pessoalmente, mas os fatos são esses.


Corremos para celebrar a vida, a morte... 


quarta-feira, 10 de julho de 2013

ENCONTRO DE GIGANTES

É hoje que meu amigo Caranguejo fica mais velho!  Procurei seu primeiro post no Histórias mas lá se vão quatro anos, 102 posts assinados como Caranguejo e outros tantos como Carlos Henrique Mércio então resolvi mostrar novamente um dos tantos posts sobre Jimmy, uma grande admiração que dividimos. Além de Jimmy ele é fã de carteirinha de dois outros gigantes, Tazio e Fangio, sobre quem também escreveu uma série de posts.
Parabéns meu amigo, um forte abraço! 





Keith Duckworth, Chapman, Clark e Hill olham o Ford Cosworth DFV.

Zandvoort/67


Corrida divisor de águas, foi nela que o mundo das corridas viu estrear o mais vitorioso propulsor da Fórmula 1 de todos os tempos, o motor Ford Cosworth V8, que sob muitos aspectos, foi o componente que garantiu a sobrevivência da categoria e permitiu o surgimento de muitas novas equipes. Zandvoort era uma pista próxima do litoral holandês, com uma estranha característica: proporcionava um novo desafio aos pilotos devido a areia que invadia o asfalto, formando uma perigosa mistura com o óleo dos carros. Nunca se conseguia determinar a quantidade desse “produto” na pista, apenas seu perigo real. Teria sido o fator determinante no acidente fatal de Piers Courage em 1970. Na corrida de 1967 estrearam alguns carros novos como o Brabham BT 20, BRM P83 e Eagle-Weslake T1G, além do Lotus 49-Cosworth. Enquanto Hill já o conhecia e testara, Clark só viu o novo carro na pista holandesa.

Chapman e Clark

 Nos treinos, Graham foi o melhor na sexta-feira (1:25,6). Gurney, o segundo, apenas dois décimos atrás. E Clark, só problemas. G.Hill e “The Great Daniel” continuavam debatendo a pole e Dan, após estabelecer 1:25,1 parou achando que não seria alcançado. Hill continuou e em sua última tentativa marcou 1:25,0 (mas os cronômetros oficiais acusaram 1:24,6). Para Clark, só a terceira fila, ao lado de Hulme e Surtees. No dia do GP, já na largada, Jimmy ganhou duas posições, pois a direção de prova holandesa (sempre inepta) esqueceu que um dos fiscais ainda estava no meio do grid e largou assim mesmo. Hulme e Surtees tiveram que desviar do bandeirinha e perderam tempo.
As primeiras voltas foram num ritmo tranquilo e na volta 7, Gurney parou nos boxes . Ele voltaria só para abandonar na volta seguinte, com problemas na injeção de combustível. Uma volta depois, Hill abandonava na liderança: um dente de uma engrenagem de seu motor quebrou. A Brabham de Old Jack assumiu a ponta, mas após 15 voltas, Clark já estava pegando gosto pela nova barata. Ele havia ultrapassado Rindt e na volta seguinte deixa Black Jack para trás. Rodriguez quebra, Rindt e Stewart também.


Hulme é quem consegue sobreviver. Ele se impõe no terceiro lugar e resiste aos ataques de seu compatriota, Chris Amon. O “Rei do Azar” será o quarto colocado, à frente de Mike Parkes e Ludovico Scarfiotti, todos de Ferrari. Clark vence fácil, 23 segundos à frente de Brabham. Para Clark, Lotus e Cosworth era o começo de uma relação curta, porém marcante e vitoriosa. O grande campeão morreria numa prova de F2 na Alemanha em 68. Já o Cosworth só encerraria sua jornada em 1983.



C.Henrique Mércio


Clark já no grid.
Durante a corrida notem suas mãos a volante e a tocada suave.
Clark e a Lotus em Monaco.
Seu lugar de direito, o alto do podium.

Post de 20 de Abril de 2010