A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 9 de outubro de 2012

MÉXICO 1964 A DECISÃO DO MUNDIAL DE FORMULA UM

O Caranguejo e eu escrevemos este post em 2 de Fevereiro de 2010, hoje vendo uma foto postada no blg do Joca, resolvi mostrar novamente. 
Um abraço Joca, Paulo e Barba, e como sempre à você meu amigo Caranguejo.

 Jim Clark Lotus33Climax em sua vitória na Holanda.
Dan Gurney e a Brabham BT7
A batalha no belo retrato de Turner.
Big John, Hill com a BRM P261 e Black Jack com a Brabham BT11.

Naquele ano a Cidade do México veria a decisão do Mundial de Formula I, o Campeonato havia sido disputadíssimo. Jim Clark com o Lotus-Climax 33 ganhara os GP da Bélgica,Holanda e Inglaterra, John Surtees  Alemanha e  Italia, Lorenzo Bandini na Austria, Hill em Mônaco e nos EUA e Dan Gurney o GP da França e por fim esse GP do México.
Na época o sistema de pontuação era 9 pontos para o primeiro a partir dai 6/4/3/2/1 até o sexto colocado. Apenas seis resultados valeriam para o campeonato, assim os pilotos descartavam os seus piores resultados, assim a F I chegou ao México com Surtees tendo 39 pontos, Hill 34 e Clark 30. Em caso de vitória de Clark ele seria campeão não importando a colocação dos outros pilotos.
Na classificação o que se viu foi o Clark de sempre, abriu "apenas" um segundo de Dan Gurney- Brabham BT7 - vindo a seguir Bandini com uma Ferrari estranhamente azul e branca, fruto de uma rixa de Enzo Ferrari com a entidade Italiana que regia o automobilismo, Surtees, Spencer e Hill em sétimo. A Ferrari trouxe um terceiro carro para o ídolo local e depois mundial Pedro Ródriguez.
Na largada Clark a seu estilo dispara, Gurney em segundo a seguir Bandini, Spence, Richie Guinter de BRM. Surtes e Hill perderam várias posições e brigavam após o nono colocado. Numa recuperação surpreendente Hill na décima segunda volta toma o terceiro lugar de Bandini, só que não consegue partir para cima dos Lotus-Climax de Clark e a Brabham de Gurney. Bandini segue colado a Hill, quando Surtees chega e por ordens da equipe o ultrapassa mas não consegue chegar em Hill, vendo a situação a equipe manda Bandini tomar o lugar de Surtees para tentar tomar o lugar de Hill. Na frente Clark soberano caminha para seu Bi-Campeonato seguido de Gurney.  

Bandini tenta tomar a posição de Hill, manobra desastrada ou proposital? 

Numa manobra no minimo descabida Bandini tenta ultrapassar Hill e os dois se enroscam tendo Hill levado a pior e Bandini assumindo o terceiro lugar para logo a seguir deixar Surtees que vinha em quarto ultrapassa-lo.

No enrosco Hill se dá mal e Bandini segue em terceiro lugar.
Big John e a Ferrari 158 da NART

Não creio sinceramente que Bandini tenha feito de propósito, naquela altura da corrida Clark era Campeão do Mundo, depois de algumas voltas faltando apenas uma ou duas para o trémino Clark mais uma vez é vitima do destino e seu motor Climax começa a perder rendimento e outra vez o deixa a pé. Vence Gurney com Surtees, Bandini, Spence, Clark e Rodriguez.
Fazendo assim a Ferrari, Big John seu Campeão do Mundo de Formula I.
Surtees 40 pontos, Hill 39, Clark 32, Bandini 23, Richie Guinter 23 e Gurney 19.
Não creio de coração que Bandini tenha dado uma de Prost ou Schummi, naquela altura da corrida Clark era campeão, e Bandini que vinha sendo preparado por Enzo para trazer um campeonato para Itália depois do glorioso bi de Alberto Ascari em 1952/53, não se proporia a tal. Deixou Surtees passar no final num claro jogo de equipe, mas não acredito repito que tenha jogado seu carro contra o de Hill.
  
Obrigado ao meu amigo Caranguejo pelas fotos e toda colaboração.

NART - North American Racing Tean de Luigi Chinetti, a representante da Ferrari nos EUA.




quinta-feira, 23 de agosto de 2012

MONSTROS SAGRADOS

Juan Manuel Fangio
Às vezes quando escrevo parece que estou escrevendo só para mim, tento passar a emoção que senti e acabo não sabendo se consegui. Peço perdão por minhas falhas, pois alem de escrever apenas à seis meses, a grande maioria das vezes escrevo com o coração na ponta dos dedos.
Quantas vezes li sobre a vitória de Fangio que descrevi na postagem anterior? Talvez uma centena desde meus doze anos. Quando vi o vídeo fiquei maravilhado, com Fangio freei no limite, entrei naquelas curvas muito alem do limite possível, ultrapassei e venci. Ver o sorriso de Hawthorn no podium, e saber que ao ser indagado sobre Fangio disse " Fangio ? Ele é um deus!", dito pelo piloto que seria campeão do mundo no próximo ano. Sabia Hawthorn que estava vivendo um momento mágico, único.

Jim Clark e o Lotus 33

Com Clark foi uma admiração mais presente, lia sobre suas corridas vezes sem conta. Pilotei com ele aquele Cortina em Brands, quando não satisfeito com suas vitórias na F1 e Protótipos, pilotava num mesmo dia em três categorias, e dava show nas três.
AH!! Aquele Cortina, com a roda que tangenciava a curva no ar e fora do asfalto, um metro dentro da grama que margeava a pista! 
Clark dizia que Dan Gurney era o único piloto que se comparava a ele em velocidade, e Gurney falou após o acidente de Hockenheim "Se ele morreu o que será de nós".

Ayrton e o MacLaren

Com o Ayrton venci dezenas de vezes em Silverstone, de F.F e F 3. Segurei o Patrese em Interlagos e o Manssel em Magni. Não tirei o pé no Japão, batendo na traseira de quem não teve a devida competência de fazer aquela curva de pé embaixo. Num livro que li sobre o Ayrton ele diz que a volta perfeita é como dar o nó na gravata e as duas pontas ficarem iguais, muito difícil, só que para ele não era impossível, lembro de inúmeras, a mais marcante aquela em Mônaco, onde começou cada vez a andar mais rápido, até colocar mais de dois segundos em seu companheiro de equipe, Alain Prost.
As vezes começo a escrever alguma coisa e meu pensamento voa, ai deixo algo de lado, espero que entendam.

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NT: Post original de 29 de Junho de 2009, continuo escrevendo da mesma forma, agora após quase quatro anos, com a companhia competente de meus amigos, Graziela, Gabriel, Fabiano, Carlos e o sempre presente Caranguejo - Carlos Henrique Mércio.
Ainda hoje, sempre penso que falta alguma foto, ou que poderia escrever algum detalhe que me vem à mente do fato descrito, depois de escrever e arquivar algum texto.
Mas continuo da mesma forma, apenas agora com a companhia de muita gente que todos dias acompanha nossos posts.
A cada um de vocês, meu muito obrigado...  

Rui




terça-feira, 5 de junho de 2012

Jim Clark - Spa 1962


A PRIMEIRA VITÓRIA NO MUNDIAL DE FORMULA UM 


O cenário não poderia ser outro senão a mítica Spa, o carro uma Lotus 25. Jimmy já corria a dois anos na Formula Um, com dezessete corridas, suas melhores colocações até então eram três terceiros lugares, em Portugal 1960,  Holanda e França em 1961. 
A Lotus 25 era um projeto de Colin Chapman e seu diretor de engenharia Mike Costin, seu chassi monocoque era impulsionado pelo novo motor Climax V8 de um litro e meio. Dela Chapman dizia “era o carro mais despojado e mais bonito que já tínhamos construído...”.
Havia estreado em Zandvoort na Holanda, a vitória nesta primeira corrida do campeonato foi de Graham Hill com a BRM P57. Na corrida seguinte em Mônaco a vitória foi de Bruce MacLarem com o Cooper T60, tendo Jimmy feito a melhor volta.

Agora chegava Spa e Jimmy largava na 12ª posição tendo Graham Hill feito a pole seguido de Bruce MacLaren e Trevor Taylor com outra Lotus.
Na primeira volta Hill lidera seguido de Taylor e Jimmy já vem na quarta posição, brigando com a Ferrari  Shark Nose de Willy Maraisse. Até a quarta ou quinta volta briga nesta posição, inclusive com Hill. Daí em diante começa a andar cada vez mais rápido, faz a melhor volta com 3.55.60/100, e a partir da oitava volta assume de vez a ponta, andando mais de dois segundos mais rápido que todos, e vence com 44s de vantagem para Graham Hill.
E assim começava a história de vitórias de nosso Grande Campeão.

Ofereço este post ao meu amigo Caranguejo.

NT: Jimmy venceu mais três vezes em Spa 1963/64/65     



ELA







links 



domingo, 4 de março de 2012

Nascia meu ídolo, valeu Jimmy - 4 de Abril de 1936

 Lotus 49, 1967 vitoria no GP do México.
Acredito ser a entrada da curva Peraltada.

FORMULA VEE 


O sempre bom texto, do Cezar Fittipaldi.


domingo, 11 de dezembro de 2011

JIMMY

Quantas fotos dele tenho em meus arquivos? Difícil dizer, entre as que guardo a muitos anos, as que o Caranguejo e eu achamos navegando pela internet, talvez algumas centenas . Hoje acordei com vontade de mostrar algumas
 Talvez minha preferida, já digitalizei em vários tamanhos e nuances.











Sempre soube que alguma coisa tinhamos em comum Jimmy.
Con una bella ragazza e ao lado seu amigo, o jornalista Jabby Crombac.










F2 perseguindo Peter Arundell.






Nos links abaixo alguns posts do Caranguejo e meus sobre Jimmy.

Com certeza escreveremos muitos mais...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

ANTOLOGICAS

Dan Gurney e Jimmy Clark dois botas!

De Dan Jimmy confessou a seu pai "é o único que pode me derrotar" e após o acidente que vitimou o escocês Dan disse "se ele morreu o que será de nós?"

segunda-feira, 16 de maio de 2011

GP da Itália - Monza 1967

Big John e o Honda RA300


Monza era a nona etapa de um campeonato que teria onze, a Lotus havia estreado  em Zandvoot - terceira etapa - na Holanda o seu 49 com o fantástico motor Ford Cosworth DFV, e vencido com Jimmy Clark, as Brabham BT24 com os motores Repco já não eram as mais velozes porem muito confiáveis. A Ferrari vinha apenas com um carro para Chris Amon, havia perdido Lorenzo Bandini em Mônaco e Mike Parkes se recuperava de um acidente na Bélgica. A Honda apenas com Big John com seu RA300.
No campeonato Hulme liderava com 43 pontos seguido  por seu patrão Black Jack com 34, em terceiro Amon com 20, depois Clark com 19  e Surtees com 7. Clark vencera em Zandvort e Silverstone e marcara apenas mais um ponto na Belgica, enquanto Hulme e Jack Brabham faziam um campeonato com constância marcando pontos em quase todas corridas.

Os Inscritos:

#2 Chris Amon Ferrari 312/67
#4 Bruce McLaren McLaren M5A
#6 Jo Siffert Cooper Car Co T81
#8 Dan Gurney Anglo American Racers T1G
#10 Ludovico Scarfiotti Anglo American Racers T1G
#12 Guy Ligier Ligier BT20
#14 John Surtees Honda RA300
#16 Jack Brabham Brabham BT24
#18 Denny Hulme Brabham BT24
#20 Jim Clark Lotus 49
#22 Graham Hill Lotus 49
#24 Giancarlo Baghetti Lotus 49
#26 Jo Bonnier Anglo-Suisse Racing Team T81
#30 Jochen Rindt Cooper Car Co T86
#32 Jacky Ickx Cooper Car Co T81B
#34 Jackie Stewart Arthur Owen P115
#36 Mike Spence Arthur Owen P83
#38 Chris Irwin Arthur Owen P83


Notem que todos carros correram com números pares.

Jimmy se derrete pela bela loira, belíssima diria eu, Gerard Crombac, seu amigo e jornalista -grande amigo e grande jornalista- de cabeça baixa deve estar pensando "se cuida menino!". 

Na classificação o que se viu foi Clark insuperável, cravando a pole com sua Lótus 49 Cosworth;

Clark                       1m28,5s  média 233,89 km/h
Jack Brabham        1.28,8s
Bruce MacLaren    1.29,31
Chris Amon             1.29,35
Dan Gurney            1.29,38
Denis Hulme           1.29,46
Jackie Stewart        1.29,60
Grahan Hill             1.29,70
John Surtees            1.30,30
Ludovico Scarfiotti    1.30,80



Chris Amon e a Ferrari 312/67. 

Monza o templo italiano da velocidade é uma pista super rápida e na época existia apenas a Variante Ascari para diminuir um pouco sua estonteante velocidade, lá vários carros conseguem andar no vácuo deixado pelos carros dianteiros e a corrida embola mesmo pilotos que largaram com uma grande diferença de tempo.
Na largada Brabham pula na dianteira seguido por Bruce MacLaren e Dan Gurney, Cris Amon cola em Clark agora quarto colocado. 
A primeira volta termina com Gurney na ponta seguido de Brabham, Hill, Clark, MacLaren, Stewart, Hulme e Amon.
Na terceira volta Clark ultrapassa Gurney e assume a ponta com o americano em seu vácuo. Na quinta volta o motor Weslake de Gurney explode e o que se vê é Clark na ponta uma luta brava entre Hill, Brabham e Hulme.


Duelo de Campeões, Hill ultrapassa Black Jack.

Ainda nesta volta alguém avisa  que Clark tem um pneu traseiro murchando - uns dizem que foi Hulme outros Hill _ bem na Parabólica pouco antes dos boxes, ele entra no Box para troca-lo  e volta na mesma volta dos lideres, Hill, Hulme e Brabham. Os três na briga pela liderança viram 1m30s por volta enquanto Clark aproveitando o vácuo de todos pilotos que vai ultrapassando e seu carro mais rápido vira o tempo todo abaixo dos 1m30, estabelecendo a melhor volta da corrida com um tempo igual a sua pole 1.28,5s.
Na volta 59 de 68 Hill vem liderando com folga quando na entrada da Parabólica seu motor explode e deixa Brabham na liderança, a esta altura Hulme já havia quebrado na volta 31, já com Clark em seu vácuo e trazendo Surtees junto. Na volta seguinte Clark já é líder e começa abrir uma pequena vantagem para Brabham que trás em sua cola Surtees.
Na volta 65 Surtees assume o segundo lugar mas Clark já abre mais de um segundo. Quando chega a ultima volta Clark já abre quase dois segundos dos dois quando na Grande Curva seu combustível acaba simplesmente, Brabham numa manobra tenta passar Surtees na freada da Parabólica mas o inglês deixa-o do lado sujo da pista, onde Hill deixara vazar óleo de seu motor, faz a parabólica na frente e recebe a bandeirada apenas a 20/100 de Black Jack.
Clark dançando com o carro para fazer com que o pescador absorva o restinho de combustível do tanque ainda chega em terceiro, deixando mais uma vez de vencer uma corrida ganha como tantas em sua carreira. Parece que até discutiu com seu parceiro e patrão Colin Chapman
Era a estreia do Honda RA300  e Big John um ídolo na Italia por seus cinco títulos mundiais pilotando as italianas MV-Agusta e o titulo mundial de Formula Um vencido dois anos antes pela Ferrari, foi ovacionado pelos tiffosi que comemoraram sua vitória como se ele ainda pilotasse para Casa de Maranello.


A chegada Surtees 20/100 à frente de Brabham.

Resultado

1º   John Surtees           1h43m45s   a media de 226,119 km/h 
2º   Jack Brabham        1h43,45s 20/100
3º   Jim Clark                1h44,08
4º   Jochen Rindt
5º   Mike Spence
6º   Jacky Ickx
7º   Cris Amon   

Apenas sete carros completaram a corrida.


Por Henrique Mércio e Rui Amaral Jr