A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 19 de abril de 2012

A CORRIDA DOS CAMPEÕES

Jimmy e a Lotus 33 - 1965
Emerson 1972
Mike Spence

Numa época em que a Fórmula 1 não tinha só compromissos oficiais, era comum a realização de provas extra-oficiais, que não contavam pontos para o campeonato mundial e onde as equipes podiam relaxar e testar os carros em condições de corrida. Um dos mais conhecidos desses eventos era a Corrida dos Campeões, sempre disputada na pista de Brands Hatch, em Kent, no Reino Unido. A primeira, realizada em 1965, teve como vencedor Mike Spence com seu Lotus 33. Dividida em duas baterias, Spence foi o terceiro na primeira série de quarenta voltas, chegando depois do vencedor Jim Clark e de Dan Gurney; mas venceu a segunda bateria depois que os adversários tiveram problemas e superou Jo Bonnier (Brabham –Climax) e Frank Gardner(Brabham –BRM). Essa prova teve como curiosidade as participações de Jim Clark, Mike Spence, Ludovico Scarfiotti e Jo Schlesser, que viriam a falecer no curto espaço de quatro meses, três anos depois. Após uma interrupção em 1966, a Corrida dos Campeões se consolidou como evento e foi disputada por dez anos consecutivos, sempre apresentando uma diversificação de vencedores: Gurney com seu Eagle (1967); Bruce McLaren,também com carro de fabricação própria (1968); Jackie Stewart, com Matra e depois March (1969-1970) e James Hunt com o McLaren (1976-1977) surgem como os maiores vencedores nesse período. A Ferrari nem sempre prestigiou a prova, já que ela não contava pontos para o Mundial, mas em 1971 Clay Regazzoni a venceu para o “Cavallino Rampante” e o brasileiro Emerson Fittipaldi foi o grande vencedor com a Lotus em 1972.
Ickx 1974
Na arte de Michael Turner, Ickx dá um show em Lauda.1974. 

 1985, Keke Rosberg.

 Houve tempo até para uma zebra, Peter Gethin e seu Chevron F5000, vencedores de 1973 e o inusitado: em 1974, a Lotus só iria enviar um carro para a prova. Seus dois pilotos, Ronnie Peterson e Jacky Ickx decidiram num cara ou coroa quem iria participar e o escolhido foi o belga, que deu show na pista molhada, largando na 11ª posição e ultrapassando Niki Lauda por fora na Paddock Hill Bend para vencer numa grande performance do “Rei da Chuva “de então. 


Pryce 1975
Para Tom Pryce, significou a única vitória de sua curta carreira. O galês foi o melhor em 1975 com seu Shadow. Não realizada em 1978, apresentou em 1979 na vitória de Gilles Villeneuve e da Ferrari, os primeiros sinais de decadência: compareceram não mais do que sete F1 e o grid foi completado com os carros da Fórmula Aurora, entre os quais os Tyrrell de Gordon Smiley e Desiré Wilson, o Williams de Giacomo Agostini e a Lotus de Emilio De Villota. Destaque-se Guy Edwards e Bernard de Dryver, que venceram a prova entre os Fórmula Aurora, pilotando os Fittipaldi F5 A. Dois anos de hiato para afinal, o último evento ocorrido em 1983, com vitória de Keke Rosberg da Williams. Daí para a frente, F1 só em etapas do Mundial e com muita grana no bolso do Bernie. Definitivamente, as coisas estavam começando a perder a graça.


Carlos Henrique “Caranguejo” Mercio