A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Escapamentos II...

Matra MS11- Foto enviada por meu amigo Helio Canini.

Continuando o tema os depoimentos de meus amigos Jr Lara, Ricardo Mansur e Carlos Manzetti no Face da D3 onde mostrei o post anterior. Três grandes pilotos e que em suas carreiras fizeram a maioria das corridas com os motores VW boxer na Divisão 3 e Formula Supe Vê.

Manzetti - Eu lembro que o Elcio Pellegrini colocava o motor no Polar (F-2 da epoca) 4x1 e quando tirava o motor pra encaixar no fusca ele colocava 4x2 e olha que andava bem no fusca de 4x2, ele fez isso numa prova F-2 sul americana em Interlagos, quando acabou a F-2 logo em seguida teve a hot cars e ele correu nas duas, ele andava muuito...., fica ai mais uma História da D-3.

Ricardo M. Mansur - O correto é 2+2 cruzado (direto) e o 4x1 (central). A escolha do escapamento tem muito a ver com a topografia da pista. Para Interlagos, que tem subidas, descidas, o ideal seria um volante ligeiramente mais pesado, um comando com uma faixa de torque maior e mais pronunciada e um escape 4x1. Esse escapamento proporciona mais torque, ideal para o circuito paulista! O 2+2 cruzado faz o motor virar mais alto, quando não é tão essencial o torque, próprio para pistas planas como Goiânia! Aí sim é possível se utilizar um comando bem mais forte e um volante levíssimo! Nesse caso, uma relação de marchas com escalonamento bem próximo, é essencial! Quanto ao som dos motores boxer de cilindros contrapostos, é possível se identificar qual escape utilizado sem olhar! O 4x1 tem o som mais grave, mais definido! O 2+2 é um som bem mais agudo, metálico, parece dissonar! Pra mim, os dois são música... Da melhor qualidade!

Jr Lara - O Ricardo Mallio Mansur já falou tudo, mas com relação ao 4x1 o regulamento não permitia que o escape ultrapasse mais de 20 cm do capo traseiro, fora os pentelhos que entortavam propositadamente a longa corneta...

Ricardo M. Mansur - Bem lembrado, Junior! No início eu reclamava do tamanho das "cornetaças" mas, nós do interior não tínhamos força para que fosse cumprido o regulamento! Meu carro sempre esteve nos "conformes", rsrsrs! Um erro no vácuo e você poderia tirar um "rabudo" da pista e ir junto caso danificasse seu radiador! Algumas cornetas chegavam a meio metro! Abs!



 Ricardo
Jr Lara
Manzetti





quarta-feira, 1 de maio de 2013

Manzetti

Algumas fotos do Carlos Manzetti na D3, depois ele conta mais...

Mil Milhas 1984




Quando da D3 corria junto com os Opalas
Entrada da Ferradura
 Laranja
Saída do Sargento...
 Laranja
Entrada do S.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Coisas do Duran...

A FERA!

1983 o Campeonato Paulista de Divisão 3, que havia começado no ano anterior, e tinha a denominação de TEP -Turismo Especial Paulista- passava por momentos difíceis  Em 82 fora bem disputado com mais de 20 carros no grid, e alguns nomes de peso de nosso automobilismo, com Elcio Pelegrini, Ricardo Mogames, Álvaro Guimarães, José Antonio Bruno, Clelio Moacyr Sousa o Bé, Marco de Sordi, Luiz Henrique Pankowski e outros. Corridas disputadas e com bons pegas por posições, o campeonato foi vencido por Ricardo Mogames com o carro que havia disputado Campeonato Brasileiro da Divisão 3 no ano anterior, não lembro minha posição, mas cheguei em terceiro em três corridas, nas outras quebrei. 
Pois bem, vocês vão me perguntar por que “Coisas do Duran”?
Acontece que meu amigo, esperto como sempre, ao fazer sua inscrição na FPA junto com o Ricardo, ouviu lamurias sobre a categoria do presidente da entidade. Aqui abro um parênteses para mandar um forte abraço ao meu amigo Rubens Carpinelli, então presidente da FPA, posso não concordar com a sua atuação como dirigente, mas sempre mantendo o respeito e carinho como amigo! 
Os grids então eram fracos e muitos carros quebravam eram as reclamações, aí...da imaginação sempre fértil do Duran, veio a bela idéia de nas primeiras seis voltas todos os carros andarem embolados, num regime máximo de 7.000rpm. E apesar de apenas 9 carros estarem na pista é o que se vê no vídeo, lá estavam Amadeo Campos, campeão da D3, Ricardo Mogames, Elcio Pelegrini campeão da F. Vê, José Antonio Bruno, pilotos que sempre disputaram a ponta e os demais amigos, Ferraz, Manzeti, Conde, Sueco... é esse é o grupo que vem embolado, levando os espectadores ao delírio! Mesmo assim, andando com as rotações reduzidas, tem um carro que não consegue chegar no grupo!
Duran não correu, e assistia à corrida no barracão de cronometragem junto aos dirigentes, que até a segunda ou terceira volta estavam entusiasmados, massss aí um deles de cronômetro à mão, notou que os tempos estavam muito abaixo dos habituais!
Neste momento ouvir o Duran contando e rindo é hilário! Ele notando que ia sobrar para ele sai de mansinho e vai para os boxes, quando na quinta ou sexta volta cai um baita toró e a corrida é interrompida pela bandeira vermelha, pois todos estavam com pneus slick.
Como todos nós sabemos em caso de Bandeira Vermelha, segundo a regra da FIA, a corrida é interrompida e valem as posições da volta anterior.
O certo é que depois do toró o Duran foi embora, assim como Ricardo Mogames e outros pilotos e se a corrida reiniciou ou não ele não sabe.



Depois dessa corrida a TEP se juntou à Hot Cars apenas para fazer numero nos grids, pois nomes como o Mogames, Pelegrini e outros não viam com bons olhos correrem contra Passats com 50/60hps a mais apenas para fazer numero.   
Mesmo assim em uma corrida em Interlagos na chuva,  Tide Dalécio, pilotando o carro que Laercio dos Santos correra o ano anterior e que fora do Amadeo Campos, venceu os Passats numa clara demonstração que os valentes Fusquinhas, no aguaceiro ainda eram bravos competidores!  
Jamais vou esquecer a perplexidade do amigo Fabiano Guimarães, a voz que se ouve no vídeo, quando soube do ocorrido, todo gravado por seu pai Luiz Guimarães!
Ao Fabiano e seu pai Luiz Guimarães

Rui Amaral Jr       


1982 

OS GRIDS




AS DISPUTAS


Manzeti, Mogames, Bruno, Ferraz, Dalécio e Duran... e abaixo o vídeo


A voz ao fundo é do Fabiano.

 Bruno
 Marco de Sordi, Alvaro Guimarães, Tide Dalécio, Duran, Amadeu Rodrigues, Clelio Moacyr Sousa e eu
 Ferraz e Manzeti
Alvaro, eu, Mogames, Laercio dos Santos, Pelegrini e Ferraz
Pankowski, Tide e Durazzo
Eu e Sueco-Carlos Aparecido Gonçalves, na tomada da curva Um. 
Eu e Elcio no S
Eu, Mogames e Laercio

MOTOR 3


Conta Expedito!








            




segunda-feira, 27 de agosto de 2012

DA SUBIDA DO LAGO ATÉ A JUNÇÃO.


Saindo da Ferradura, Tide Daléci, José Ferraz e Carlos Manzetti 
"Subida do Lago" Ricardo Mogames lidera um Passat

Algum tempo atrás, vendo uma foto da freada da "Três", tive vontade e escrevi como era a tocada de um D3, na época em que corri na TEP em 1982, no nosso belo Interlagos ou como diz meu amigo Fernando "o Templo". Descrevi da entrada da "Três" até a saída da "Ferradura", agora vou até o "Bico de pato".
Na configuração da TEP meu D3 usava pneus Maggion e amortecedores nacionais (do regulamento), cambio de quatro marchas, o resto igual aos carros que competiam o Brasileiro, motor 1.600 cc que preparados pelo Chapa chegavam aos 150/152hp, disco nas quatro rodas etc...
Saía da "Ferradura" em 2ª com o motor cheio a 7.500 rpm e logo colocava 3ª, mais um pouco à frente o motor cheio novamente vinha a 4ª, e chegava àquela curva muito louca, a "Subida do lago", bem rápido em 4ª. Na tomada à esquerda a zebra era bem alta e encostando nela o carro chacoalhava um bocado, e de pé embaixo entravamos na curva, logo em seguida começava a subida e um pouco antes da tangência num malabarismo grande para minhas pernas longas - elas teimavam em querer bater na lateral da cabine - enfiava a 3ª, tentando aproveitar no máximo a saída para subir a "Reta oposta" bem forte. Já na "Reta oposta" uns duzentos metros após a saída da curva espetava a 4ª, e olhava a entrada daquela curva maravilhosa, o "Sol". Ah o "Sol"! Curva de personalidade forte, separava os homens dos meninos, um dia assistindo um treino de Stock no barranco que a margeava ouvi um campeão da categoria falando do Guaraná "ele enfia um segundo em todos nós só ai no Sol" acho que não preciso dizer mais nada.

"Sol" acima Arturo Fernandes , abaixo Conde -Luiz Henrique Pankowski- Alvaro Guimarães, Elcio Pelegrini e Sueco -Carlos Aparecido Gonçalves.
Tomava em 4ª, pé no fundo, sua tomada era aberta e seu raio longo, a tangência bem à frente quando já vinha dosando o acelerador numa tiradinha de pé, o carro teimando em sair nas quatro rodas. Encostava os pneus na zebra à direita, para logo a seguir abrir um pouquinho para uma segunda tangência, e o barranco à esquerda parecia dizer "vem". Contornava ela toda em 4ª e na saída pegava de leve a zebra da esquerda já olhando para o "Sargento".

Mesmo os DI, que chegavam ao "Sargento" talvez uns 30/40 km a menos que os D3, estavam rápido.
Arturo freando para o "Sargento"

 Na saída 
Ops! Parece que o Amadeu Rodrigues rodou! Arturo, Mogames e Amadeu Campos



Chegava ao "Sargento" em 4ª com o motor bem cheio, e sua freada bem forte, apertando com firmeza os alicates e reduzindo para 2ª, tentando deixar o carro redondo para em sua saída em subida aproveitar toda força do motor. Sua tangência era lá na frente onde acelerava forte em 2ª para sair beliscando a zebra à direita rumo ao "Laranja".

"Laranja" em foto de meu amigo Contreras
 Uma bela briga no "Laranja" entre eles meus amigos Ricardo Mansur, Julio Caio, Manduca, Teleco...
Pedro Victor e Luiz Pereira Bueno, essa briga eu vi de perto!

Na subida para o "Laranja" espetava a 3ª, e na sua entrada com tomada à esquerda até um recuo no asfalto onde existia um portão era usado como pista. "Laranja" tomada em 3ª cravado, curva gostosa em sua saída ia lá fora para depois tomar a entrada do "S". 
Na freada forte colocava 1ª marcha, entrava aberto para fazer a tangência antecipada, e aproveitar sua segunda perna o "Pinheirinho". Na entrada do "Pinheirinho 2ª, o carro teimando em sair na sua tangência acelerando forte para o "Bico de pato".

Arturo na tomada do "S", Jr Lara atrás. 

Entrando no "S", com este carro entrava em 2ª marcha, pois ao contrário do que o Claudinho diz usava uma Caixa 2.
Luiz, tomando o "Pinheirinho"
Briga na entrada do "Pinheirinho", meus amigos Bé -Clerio Moacir de Sousa- e Alvaro Guimarães

Na entrada do "Bico de Pato" uma freada forte, e espetava novamente a 1ª marcha, sua tangência complicada para mim, já que o motor vinha cheio e sem diferencial autoblocante as rodas teimavam em patinar. Em sua saída logo 2ª marcha e terceira no meio da curva do “Mergulho” e seguir para a "Junção".

Saída do "Bico de Pato" Arturão, Jr Lara e João Franco.  


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NT: Post original de 11 de Fevereiro de 2010