A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 19 de abril de 2023

Sargento

 

Na chuva, corrigindo um belo sobresterço, Turito caminha para seu primeiro titulo brasileiro da D3. 

Do verdadeiro Interlagos

Os belos Furias de Jayme Silva e Perdro Vitor frente da carretera de Camilo na reta que precede o Sargento, Jayme já vem tomando a curva, notem que Camilo já vem freando. À direita no barranco o Puma de meu amigo Claudio Cavallini.
Dante Di Camilo com Polara vem freando no sufoco!

Nas duas fotos a saída dela, notem a cerca de arame antes dos guard rail.

SHOW 

Turito segurando Mogames na saida dela, Amadeo Campos atrás. 

Turito, Mogames, Amadeu Rodrigues e Amadeo Campos.

Turito continua batalhando co Mogames, Amadeo atrás e parece que Amadeu Rodrigues veio babando!




Saindo da curva do Sol, aquela que separava os homens dos meninos, feita em alta velocidade, havia uma reta de uns 400 metros, carros de certas categorias lá chegavam em sua velocidade máxima. Sua freada era complicada, pois, era em descida, quando todo peso do carro era transferido para dianteira. Poucos metros antes do ponto de tangência começava a subir e levava a uma reta em subida que precedia a curva do Laranja, então sua saída tinha que ser feita aproveitando todo torque do motor.
Na D3 de  Caixa 3 eu chegava lá em quarta marcha, pouca coisa mais lenta que no final do Retão ou entrada da Um e lá pelos 50 metros da tomada pendurava nos alicates, quando parecia que a traseira queria ir para frente, reduzia de quarta marcha para segunda e começava acelerar devagar para depois da tangência pisar forte.
Lembro que com o Dodge Dart, mais ou menos  no meio da reta que a precedia começava a bombar o pedal dos alicates para começar a frear cerca de cento e muitos metros de sua tomada - devia estar a 160 pouco mais ou menos -, quando reduzia  para segunda, no sufoco. De VW D3 lembro bem, isto foi em 1978/79, de um pneu estourado quando fui parar na tangência dela vendo 15/20 malucos chegarem babando e o carro travado, nada podia fazer e acreditando na proteção daquele cinto de seis pontas abaixei a cabeça e a protegi com os braços, foi um senhor susto.
Nos anos 1978/79 "inventaram" uma cerca de arame antes do guard rail, que seria para amortecer a pancada, coisa muito idiota. Meu amigo Adolfo Cilento Neto numa Brasília da D3 foi parar nela depois de uma ultrapassagem mal sucedida, e saiu de lá arrastando cer5ca de vinte metros da tal cerca!  
Nas fotos que separei dois amigos queridos, Arturo Fernandes Tri-Campeão Brasileiro da Divisão 3 e Amadeu Rodrigues. Dante DI Camilo conheci melhor já no final de sua vida, um grande cara.
 A foto do Arturo em que ele vem corrigindo na chuva é da corrida em que o grande campeão venceu seu primeiro título.

Turito
 
Já escrevi antes sobre e agora fui provocado por meu amigo Walter. Sobre a Divisão 3 o Caranguejo - Carlos Henrique Mércio - escreveu alguns belos posts sobre a luta do Arturo ao vencer seus campeonatos. 
Em tempo, Caranguejo chama o Arturo de "Sorro", homenageando a astúcia do grande campeão.   

No link Caranguejo conta sobre as grandes decisões da D3 



Aos saudosos amigos Arturâo, Adolfo e Amadeu.

Rui Amaral Jr


domingo, 1 de novembro de 2020

Amadeu Rodrigues - 6 de Agosto de 1955 - 31 de Outubro de 2020

 


  Excelente filho, marido e pai, é com muita tristeza que transmito à vocês que ontem por volta da 23h meu amigo perdeu a vida. Voltava de Goiânia  da prova de Endurance, com sua mulher e equipe, quando sua van bateu numa carreta estacionada a beira da pista. Nada de muito grave aconteceu aos outros ocupantes.

Amadeu vivia para família e para o automobilismo. Guerreiro, batalhador, conseguiu montar uma grande equipe.

A sua mãe, mulher e filhas minhas mais sinceras condolências.

Deus o tenha.

Rui Amaral Jr

  


Largando na pole em Interlagos, ao seu lado Arturo, mais atrás dois outro amigos queridos, Jr Lara e Zé Romano.


Vencendo no Rio.
Interlagos- 4º ao lado de Zé Romano.

Com o #40 ao meu lado em Interlagos - Foi uma honra dividir as pistas e amizade com você meu amigo, descanse em paz.

PS: Hoje por volta da meia noite e pouco liga o Julio Caio com a triste noticia, atônito ainda não sabía os detalhes do acidente, logo liguei para o Arturão que ainda não sabia. Hoje infelizmente tive que conversar com o Ricardo Bock, abalado com a notícia. Todos atônitos e muito tristes com a perda do amigo. 









quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Anel Externo...velocidade pura!

Tomada da "Um" cravado! O #8 um grande chassi acertado pelo Carlão, o motor um canhão feito pelo Chapa, empurrando com mais de 150 HPs. Velocidade no local 200/205 km, vindo pelo  Anel Externo.

 Interlagos, anel externo, velocidade pura, pé embaixo 95% do tempo, me lembra a primeira volta que dei no autódromo, a bordo do PORSCHE 550 RS SPIDER de meu irmão Paulo, no longínquo 1961 quando tinha apenas 9 anos.
Lembra ainda o grande Luiz Pereira Bueno dando um baita trabalho à Reinold Joest nos 500 km de 1972, apesar de correr com um carro mais fraco. Lembra Celso Lara Barberis e suas três vitórias, uma em 1961, ano em que meu irmão e Luciano Mioso venceram na categoria até 2 litros.

 Saída da Três, uma Ferrari, Paulo, Buby Loureiro no formula com motor  Porsche 356 e uma Ferrari.
Buby, Paulo...no alto a Junção.

Pois bem, em 1982 ano em que corri na TEP ( D 3 ) estava programada e corremos uma prova pelo anel externo de 3.208m, foram 25 voltas neste circuito fabuloso, parte da não menos fabulosa pista de 8.000m do Autódromo José Carlos Pace-Interlagos, pista que por vontade dos dirigentes da F.1 foi totalmente descaracterizada. O anel externo é de altíssima velocidade, composto pelas curvas "Um", "Dois", "Três" e uma curva que passa pela Junção e em subida que vai até uma curva que antecede os antigos boxes, depois aquela outra curva pouco antes dos boxes, fora a curva Três todas feitas de pé embaixo.


Nos treinos ao lado de meu amigo Amadeu Rodrigues.

 Começamos a preparação do carro trocando a relação de marchas da 1ª e 2ª, já que não precisaríamos usá-las, optamos por uma "Caixa Um" bem mais curta , com a 3ª marcha 0. 78 e 4ª 0.96 e diferencial 8/31 que eu já usava. Com este cambio eu poderia pular na largada junto com meus adversários, esquecendo o trauma de largar com aquela " Caixa 3 " que tanto me atrasava nas largadas. No meu caso usava a 3ª marcha para fazer a curva "Três" e o resto do circuito seria todo em 4ª marcha.
No primeiro treino, na 5ª feira, dois sustos, o primeiro ao chegar à curva "Três", haviam pintado o muro que circunda esta curva de branco, e como na temporada inteira ele estava sujo ao chegar e passar pela curva percebi como passávamos perto dele, ainda mais fazendo a saída da curva com o traçado que usaríamos para o "Anel Externo", o segundo, na primeira volta que vim forte foi ver o contagiros chegar à tomada da curva "Um" a 7.200rpm bem mais rápido que chegava quando fazia o circuito completo.
Passados os sustos era uma maravilha, pé embaixo o tempo todo, fazia a "Um " cravado, e só ia tirar o pé e frear na "Três", uma freada fortíssima, contornada a curva engatava 4ª uns 200m depois, e daí para frente pé embaixo de novo, a tomada e contorno da curva "Um " eram rapidíssimos, não sei precisar a velocidade, que chegava, uns 200 km/h, mas fazer cravado dava um certo friozinho na barriga. Carro bem feito, chassi com um trabalho ótimo do Carlão e motor do sempre competente Chapa ia largar na primeira fila, não lembro a posição, mas pensava "vou dar um susto neles, vou largar junto e se der ganho esta corrida". Os mais rápidos eram o Mogames com o carro em que havia sido vice campeão da D.3 em 1981 e que estava ganhando todas as corridas, o Laércio com o carro que fora do campeão da D. 3 no ano anterior nas mãos do Amadeo Campos. Elcio Pelegrini multicampeão da F. Vê, José Antonio Bruno, Amadeu Rodrigues, Marcos de Sordi, Bé-Clério Moacir de Souza -, Álvaro Guimarães, e o amigão João Lindau. No domingo, antes da largada, era só nela que me concentrava, pulando bem ia brigar lá na frente.

Eu e Elcio - foto de uma corrida anterior.

 Placa de um minuto, primeira engatada, "é hoje", placa de trinta segundos, motor a 7.000 rpm...farol vermelho, farol verde, o pulo foi perfeito, larguei na frente, a hora que fui engatar segunda ela não entrou, não sei se foi erro meu ou se o cambio que nunca tínhamos usado, para não mostrar aos outros que tínhamos uma primeira mais curta, não havia testado a arrancada suficientemente, só sei que cai umas dez posições, não tanto quanto quando largávamos com a "Caixa três" pois estava no embalo, mas outra vez eu tinha de fazer uma corrida de recuperação.
 Passei a primeira volta já em quinto e na segunda já vinha em quarto perseguindo o Elcio, três ou quatro voltas depois estava embutido nele, só que ele era uma pedreira, estava difícil achar um espaço para ultrapassá-lo, vínhamos os dois de pé no fundo, na curva "Um" via sua luz de freio acender, só que seu carro não perdia velocidade - depois ele me contou, dava um toque no freio com o pé esquerdo para abaixar a frente do carro - , na curva "Três" a freada era no gargalo, alem disto nossos motores empurravam igual . Lá na frente o Mogames reinava absoluto, com o Laércio logo atrás, mais sem condições de pressioná-lo.
Nesta altura virávamos cada volta no tempo de 1.04/5s o que era bem rápido numa média horária de 180 KM/H. Lá pela sétima ou oitava volta, eu embutido no Elcio chegamos à curva "Um", e cravados a tomamos, a hora que vi seu carro estava de frente com o meu, eu olhando em seus olhos. Exageros à parte foi um baita susto, estávamos andando no limite e muito rápido, só lembro-me de ter tirado o pé, e saído pelo lado, graças a Deus sem tocá-lo. Aí estava em terceiro, só que o Mogames e o Laércio tinham ido embora, na próxima volta quando vi eu estava saindo da "Dois", e eles quase na freada da "Três", tentei andar o mais rápido possível e cheguei a descontar um pouco, mas lá pela décima quinta/sexta volta, meus pneus começaram a dar sinais de fadiga e o contagiros já não chegava ao final do "Retão" aos 7500rpm do começo, o comando saiu de seu ponto. Sem ninguém à me pressionar me contentei com o terceiro lugar, não sem antes fazer a melhor volta da corrida com o tempo de 1`3``alto.
 Assim terminamos Mogames, Laércio e eu.

Ao final da corrida quando os bandeirinhas vêm nos saudar é uma coisa linda, de arrepiar, as bandeiras agitadas, e as saudações de quem nos viu andar de perto, meu respeito à estes nossos “anjos da guarda”. .

No podium com Mogames e Laercio.

Ah!!! Aquela errada de marcha, não afirmo que teria vencido, mais teria dado trabalho, lá de cima o Lindau deve estar dizendo "Alicatãooooooooooo"
Isso é apenas um pouco do que vivemos nas pistas...

Aos queridos amigos que foram ícones da Divisão Três, Arturo Fernandes, Junior Lara.  Guaraná, João e Adolfo Cilento Neto, que subiram antes do tempo. E também aos amigos Bruninho, Amadeu Rodrigues, Elcio Pellegrinni, Bé – Clelio Moacyr de Souza- Alvaro Guimarães, grandes botas!   

Rui Amaral Jr



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Amadeu


De piloto aguerrido e batalhador Amadeu Rodrigues se tornou um chefe de equipe competente e comanda sua equipe com as mesmas qualidades que teve nas pistas como piloto. Ontem pela primeira vez um piloto seu venceu na Stock...parabéns Amadeu, Rafa e à toda equipe.



Rui Amaral Jr  

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Algumas fotos...

Meu amigo Manduca Andreoni no Chevette D3. 
Amadeu Rodrigues à frente de Dimas de Mello Pimenta, Junior Lara e Ricardo Mogames, D3 Interlagos.
Agnaldo de Goes na BMW Schnitzer apelidada de Esquife...um dia conto a história deste carro e do capacete que o Agnaldinho está usando!

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Samuel Gross e a panca com Amadeu Rodrigues


Rui, muito obrigado, acabei de ver o video dos arquivos do "Seu Guima", parte 2, onde pude ver, a ultima corrida que fiz na Hot Car, quando aconteceu o acidente com Amadeu Rodrigues.
O acidente aconteceu, porque o Amadeu fez a subida da reta dos boxes quase grudado no meu carro, no meio da reta, eu estava me posicionando pra fazer a tomada da curva 1, então, ele, muito "esperto", saiu do vácuo do meu carro e quis me ultrapassar por fora, colocando metade do carro no acostamento. Acontece que na volta anterior, depois de nós passarmos pelo local, um fusca havia quebrado e estava parado exatamente naquele local, então, quando ele tirou do vácuo do meu carro, acertou em cheio o fusca parado, jogando-o contra o meu carro que rodou e bateu no paredão dos boxes. A porrada foi tão feia, que o Amadeu voou pelo parabrisa amarrado no banco, que foi arrancado junto. Ele só não morreu, porque caiu em cima de um bandeirinha que estava por ali na tomada da 1.
Engraçado que eu, involuntáriamente, participei do episódio, mas nunca tinha visto antes o acidente filmado.

Abraços,

Samuel

No vídeo de Luiz Guimarães aos 5 minutos a panca, a voz ao fundo é de Fabiano Guimarães.



 Samuel, ao lado do carro João Lindau.
Amadeu
 Assim ficou o carro do Espanhol -J.M.Ramos- após a colisão à aproximadamente 200 km/h...
e o carro do Amadeu, ex Edson Yoshikuma.
 Jacarepaguá, Samuel no grid ao seu lado Atilla Sipos.
Samuel em Interlagos. 

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

PÉ NO FUNDO! ANEL EXTERNO -II


Tomada da "Um" cravado! O #8 um grande chassi acertado pelo Carlão, o motor um canhão feito pelo Chapa empurrando mais de 150 HPs. Me segue o #144 de meu amigo Sueco - Carlos Aparecido Gonsalves. Para algum amigo que comentou sobre meu espelho direito, só usava pelo regulamento e corria com ele fechado. Velocidade no local 200/205 kmh.


Interlagos, anel externo, velocidade pura, pé embaixo 95% do tempo, me lembra a primeira volta que dei no autódromo, a bordo do PORSCHE 550 SPIDER de meu irmão Paulo no longincuo 1961 quando tinha apenas 9 anos.
Lembra ainda o grande Luiz Pereira Bueno dando um baita trabalho a Reinold Joest nos 500KM de 1972, apesar de correr com um carro mais fraco. Lembra Celso Lara Barberis e suas três vitórias, uma em 1961, ano em que meu irmão e Luciano Mioso venceram na categoria até 2 litros. Pois bem, em 1982 ano em que corri na TEP ( D 3 ) estava programada e corremos uma prova pelo anel externo de 3.208m, foram 25 voltas neste circuito fabuloso, parte da não menos fabulosa pista de 8.000m do Autódromo de Interlagos, pista que por vontade dos dirigentes da F.1 foi totalmente descaracterizada, e que agora alguns grandes pilotos do passado, como, Bird , Chico Lameirão , Bob Sharp, Jan e outros tentam refazer. O anel externo é de altíssima velocidade, composto pelas curvas "Um ", "Dois", "Três" e uma reta torta que passa pela Junção e em subida que vai até uma curva que antecede os antigos boxes, o "Café".

Olhando feio para o Amadeu Rodrigues #40, um grande piloto e um baita cara.


Começamos a preparação do carro trocando a relação de marchas da 1ª e 2ª, já que não precisaríamos usá-las, optamos por uma "Caixa um" bem mais curta , com a 3ª marcha 0. 78 e 4ª 0.96 e diferencial 8/31 que eu já usava. Com este cambio eu poderia pular na largada junto com meus adversários, esquecendo o trauma de largar com aquela " Caixa 3 " que tanto me atrasava nas largadas. No meu caso usaria a 3ª marcha para fazer a curva "Três" e o resto do circuito seria todo em 4ª marcha. No primeiro treino na 5ª feira dois sustos, o primeiro ao chegar à curva "Três", haviam pintado o muro que circunda esta curva de branco, e como na temporada inteira ele estava sujo ao chegar e passar pela curva percebi como passávamos perto dele, ainda mais fazendo a saída da curva com o traçado que usaríamos para o "Anel Externo", o segundo na primeira volta que vim forte foi ver o contagiros chegar à tomada da curva "Um" a 7.200rpm bem mais rápido que chegava quando fazia o circuito completo. Passados os sustos era uma maravilha, pé embaixo o tempo todo, fazia a "Um " cravado e só ia tirar o pé e frear na "Três", uma freada fortíssima, contornada a curva engatava 4ª uns 200m depois, e dai para frente pé embaixo de novo, a tomada e contorno da curva "Um " eram rapidíssimos, não sei precisar a velocidade, que chegava, uns 200 km/h, mas fazer cravado dava um certo friozinho na barriga. Carro bem feito, chassi com um trabalho ótimo do Carlão e motor do sempre competente Chapa ia largar na primeira fila, não lembro a posição, mas pensava "vou dar um susto neles, vou largar junto e se der ganho esta corrida". Os mais rápidos eram o Mogames com o carro em que havia sido vice campeão da D.3 em 1981 e que estava ganhando todas as corridas, o Laércio com o carro que havia sido campeão da D. 3 no ano anterior nas mãos do Amadeo Campos, Elcio Pelegrini multicampeão da F. Vê, José Antonio Bruno, Amadeu Rodrigues, Marcos de Sordi, Bé-Clério Moacir de Souza -, Álvaro Guimarães e bem depois Artur da Cruz , Aristides , Sueco e o amigão João Lindau. No domingo, antes da largada, era só nela que me concentrava, pulando bem ia brigar lá na frente.
Placa de um minuto, primeira engatada "é hoje", placa de trinta segundos, motor a 7.000 rpm, farol vermelho, farol verde, o pulo foi perfeito, larguei na frente, a hora que fui engatar segunda ela não entrou, não sei se foi erro meu ou se o cambio que nunca tínhamos usado, para não mostrar aos outros que tínhamos uma primeira mais curta, não havia testado a arrancada suficientemente só sei que cai umas dez posições, não tanto quanto quando largávamos com a "Caixa três" pois estava no embalo, mas outra vez eu tinha de fazer uma corrida de recuperação. Passei a primeira volta já em quinto e na segunda já vinha em quarto perseguindo o Elcio, três ou quatro voltas depois estava embutido nele, só que ele era uma pedreira, estava difícil achar um espaço para ultrapassá-lo, vínhamos os dois de pé no fundo, na curva "Um" via sua luz de freio acender, só que seu carro não perdia velocidade - depois ele me contou, dava um toque no freio com o pé esquerdo para abaixar a frente do carro - , na curva "Três" a freada era no gargalo, alem disto nossos motores empurravam igual . Lá na frente o Mogames reinava absoluto, com o Laércio logo atrás mais sem condições de pressioná-lo, nesta altura virávamos cada volta no tempo de 1.04s o que era bem rápido numa média horaria de 180 KM/H. Lá pela sétima ou oitava volta eu embutido no Elcio chegamos à curva "Um", cravados a tomamos, a hora que vi seu carro estava de frente com o meu, eu olhando em seus olhos. Exageros à parte foi um baita susto, estávamos andando no limite e muito rápido, só lembro de ter tirado o pé, e saído pelo lado, graças a DEUS sem tocá-lo. Aí estava em terceiro, só que o Mogames e o Laércio tinham ido embora, na próxima volta quando vi eu estava saindo da "Dois", e eles quase na freada da "Três", tentei andar o mais rápido possível e cheguei a descontar um pouco, mais lá pela décima quinta/sexta volta, meus pneus começaram a dar sinais de fadiga e o contagiros já não chegava ao final do "Retão" aos 7500rpm do começo. Sem ninguém à me pressionar me contetei com o terceiro lugar, não sem antes fazer a melhor volta da corrida com o tempo de 1`3``alto.
 Assim terminamos , Mogames,Laércio e eu.

Podium, eu, Ricardo Mogames e Laércio dos Santos.
Ao final da corrida quando os bandeirinhas vem nos saudar é uma coisa linda de arrepiar. Sai um "maluco" de um bandeirinha da "Um" acena para os dois primeiros e quando passo ele e os outros começam a acenar as bandeiras para mim, me aponta e aplaude. Ainda bem que vinha lento pois as lágrimas teimaram em escorrer e foi assim até o box. Depois ele veio me cumprimentar, não lembro seu nome.
Ah!!! aquela errada de marcha, não digo que teria vencido, mais teria dado trabalho, lá de cima o Lindau deve estar dizendo "Alicatãooooooooooo"
Isso é apenas um pouco do que vivemos nas pistas...

Rui Amaral Jr
 






quarta-feira, 14 de setembro de 2011

PATINANDO!

Notem o tempo que levava para embalar, na foto anterior o Alvaro está a meu lado, aqui ele e o Marco já abriram uns trinta metros e a meu lado ninguém menos que Luiz Eduardo Duran. Eu mereço!!!  

Tristeza era largar de Caixa Três, meia hora patinando a fricção para manter o motor dentro da faixa de aproveitamento, e vendo o pessoal indo embora. Nessa foto o Mogames e o Laercio já estavam lá na frente e eu patinando!!!!
Só ia embalar no lugar onde estão o Elcio, Bruninho e Amadeu. Então as marchas subiam forte e daí até a entrada da Um já estava em quarta. 
Depois era uma delicia, mas acredito que perdia cerca de 30 segundos nessa largada, em 82 procurei o ano todo por uma relação de diferencial 9:31, que me proporcionasse uma boa largada e não encontrei, então o jeito era esse. 
Com um motor muito forte do Chapa, alguns deles chegaram à 150hp no dinamômetro, e um chassi no chão, bem acertado pelo Carlão este carro era prazeroso de pilotar e extremamente rápido.  
Ferradura
Aí  era ir encarar as feras lá na frente.
Já brigando com o Elcio, no Laranja.

Rui Amaral Jr


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

PÉ NO FUNDO! ANEL EXTERNO.


Tomada da "Um" cravado! O #8 um grande chassi acertado pelo Carlão, o motor um canhão feito pelo  Chapa empurrando. Me segue o #144 de meu amigo Sueco - Carlos Aparecido Gonsalves . Para algum amigo que comentou sobre meu espelho direito, só usava pelo regulamento e corria com ele fechado.

Interlagos , anel externo velocidade pura , pé embaixo 95% do tempo , me lembra a primeira volta que dei no autódromo , a bordo do PORSCHE 550 SPIDER de meu irmão Paulo . Lembra ainda o grande Luiz Pereira Bueno dando um baita trabalho a Reinold Joest nos 500KM de 1972 , apesar de correr com um carro mais fraco . Lembra Celso Lara Barberis e suas três vitórias , uma em 1961 ano em que meu irmão e Luciano Mioso venceram na categoria até 2 litros . Também o grande Ciro Cayres vencedor em 1964 com o não menos grande José "Toco" Martins . Pois bem em 1982 ano em que corri na TEP( D 3 ) estava programada e corremos uma prova pelo anel externo de 3.208 m foram 25 voltas neste circuito fabuloso , parte da não menos fabulosa pista de 8.000m do Autódromo de Interlagos , pista que por vontade dos dirigentes da F.1 foi totalmente descaracterizada e que agora alguns grandes pilotos do passado , Bird , Chico Lameirão , Bob Sharp e outros tentam refazer . O anel externo é de altíssima velocidade , composto pelas curvas "Um " , "Dois" , "Três" uma reta torta em subida que vai até uma curva que antecede os antigos boxes , o "Café" .

Olhando feio para o Amadeu Rodrigues #40, um grande  piloto e um baita cara.


Começamos a preparação do carro trocando a relação de marchas da 1ª e 2ª , já que não precisaríamos usa-las , optamos por uma "Caixa um" bem mais curta , com a 3ª marcha 0. 78 e 4ª 0.96 e diferencial 8/31 que eu já usava . Com este cambio eu poderia pular na largada junto com meus adversários , esquecendo o trauma de largar com aquela " Caixa 3 " que tanto me atrasava nas largadas . No meu caso usaria a 3ª marcha para fazer a curva "Três" e o resto do circuito seria todo em 4ª marcha . No primeiro treino na 5ª feira dois sustos , o primeiro ao chegar a curva "Três" haviam pintado o muro que circunda esta curva de branco , e como na temporada inteira ele estava sujo ao chegar e passar pela curva percebi como passávamos perto dele , ainda mais fazendo a saída da curva com o traçado que usaríamos para o "Anel externo" , o segundo na primeira volta que vim forte foi ver o contagiros chegar à tomada da curva "Um" a 7.200rpm bem mais rápido que chegava quando fazia o circuito completo . Passados os sustos era uma maravilha , pé embaixo o tempo todo , fazia a "Um " cravado e só ia tirar o pé e frear na "Três" uma freada fortíssima , contornada a curva engatava 4ª uns 200m depois e dai para frente pé embaixo de novo , a tomada e contorno da curva "Um " eram rapidíssimos , não sei precisar a velocidade que chegava mais fazer cravado dava um certo friozinho na barriga . Carro bem feito , chassi com um trabalho ótimo do Carlão e motor do sempre competente Chapa ia largar na primeira fila , não lembro a posição , mais pensava , "vou dar um susto neles , vou largar junto e se der ganho esta corrida " Os mais rápidos eram o Mogames com o carro em que havia sido vice campeão da D.3 em 1981 e que estava ganhando todas as corridas , o Laercio com o carro que havia sido campeão da D. 3 no ano anterior nas mãos do Amadeu Campos , Elcio Pelegrini multicampeão da F. Vê , José Antonio Bruno , Amadeu Rodrigues , Marcos de Sordi , Bé , Alvaro Guimarães , José Ferraz alem do Duran , Orlando , Artur da Cruz , Aristides , Sueco , e o amigão João Lindau . No domingo , antes da largada era só nela que me concentrava , pulando bem ia brigar lá na frente . Placa de um minuto , primeira engatada "é hoje" , placa de trinta segundos , motor a 7.000 rpm , farol vermelho , farol verde , o pulo foi perfeito , larguei na frente , a hora que fui engatar segunda ela não entrou , não sei se foi erro meu ou o cambio que nunca tínhamos usado e para não mostrar aos outros que tínhamos uma primeira mais curta eu não havia testado a arrancada suficientemente só sei que cai umas dez posições , não tanto quanto quando largávamos com a "Caixa três" pois estava no embalo , mais outra vez eu tinha de fazer uma corrida de recuperação . Passei a primeira volta já em quinto e na segunda já vinha em quarto perseguindo o Elcio , três ou quatro voltas depois estava embutido nele , só que ele era uma pedreira , estava difícil achar um espaço para ultrapassa-lo , vínhamos os dois de pé no fundo , na curva "Um" via sua luz de freio acender , só que seu carro não perdia velocidade ( depois ele me contou que dava um toque no freio com o pé esquerdo para abaixar a frente do carro ) , na curva "Três" a freada era no gargalo e alem disto nossos motores empurravam igual . Lá na frente o Mogames reinava absoluto , com o Laercio logo atrás mais sem condições de pressiona-lo , nesta altura virávamos cada volta no tempo de 1.04s o que era bem rápido . Lá pela sétima ou oitava volta eu embutido no Elcio chegamos à curva "Um" , cravados a tomamos e a hora que vi seu carro estava de frente com o meu e eu olhando em seus olhos , exageros à parte foi um baita susto , estávamos andando no limite e muito rápido , só lembro de ter tirado o pé e saído pelo lado , graças a DEUS sem toca-lo . Ai estava em terceiro , só que o Mogames e o Laercio tinham ido embora , na próxima volta quando vi eu estava saindo da "Dois" e eles quase na freada da "Três" , tentei andar o mais rápido possível e cheguei a descontar um pouco , mais lá pela décima quinta/sexta volta meus pneus começaram a dar sinais de fadiga e o contagiros já não chegava ao final de "Retão" aos 7500rpm do começo . Assim terminamos , Mogames ,Laercio e eu em terceiro .

Ao final da corrida quando os bandeirinhas vem nos saudar, uma coisa linda de arrepiar. Sai um "maluco" de um bandeirinha da "Um" acena para os dois primeiros e quando passo ele e os outros começam a acenar freneticamente as bandeiras para mim e ele ito me aponta e aplaude. Ainda bem que vinha lento pois as lágrimas teimaram em escorrer e foi assim até o box. Depois ele veio me cumprimentar, não lembro seu nome.

 Ah!!! aquela errada de marcha , não digo que teria vencido , mais teria dado trabalho , lá de cima o Lindau deve estar dizendo " Alicatãooooooooooo "


Isso é apenas um pouco do que vivemos nas pistas.


Rui amaral Jr

Eu, Ricardo Mogames e Laércio dos Santos,

NT: A corrida vencida pela dupla Ciro/Tôco foi no circuito completo.
        Virando à 1m04s pelos 3.208m do Anel Externo de Interlagos a média é de 180 km/h.
        Agradeço as fotos a minha sobrinha Gabi.
        Obrigado Mauricio Moraes! Um dia conto para todos por que!  

          Fotos Sydnei.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Copa Chevrolet Montana - Parabens Amadeu e Eduardo Leite.

Rafael Daniel, Amadeu Rodrigues, Eduardo Leite e Serafim Jr
FOTO: Fernanda Freixosa/Vicar


Eduardo Leite em foto de Duda Barros.

1) Eduardo Leite - 39:38.640
2) Rafael Daniel - 39:43.801

3) Serafim Jr - 39:45.534

4) Diogo Pachenki - 39:49.218

5) Lucas Finger - 39:55.190

6) Galid Osman- 39:57.235

7) Marco Cozzi - 39:58.269

8) Sérgio Ramalho - 39:58.567

9) Wellington Justino - 39:59.656

10) Sérgio Jimenez - 40:03.441