A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Alfa Romeo Bimotore


As belas fotos da Bimotore, no Museu Ferrari, feitas pelo Milton Bonani


1935, a Alfa Romeo e sua equipe de competições, a Ferrari, estavam preocupadas com seus concorrentes alemães, a Mercedes Benz e a Auto Union, fortemente amparadas pelo governo.
A Mercedes com seu W25B e seu motor de 3.900cc mais compressor desenvolvia 430 HP, enquanto a AU com seu Type B de motor traseiro de 4.900cc com 375hp, já eram mais rápidas que a fabulosa Alfa Romeo P3, que tantas vitórias deram à marca italiana.
Foi então que Enzo Ferrari e o engenheiro Luigi Bazzi tiveram a idéia de construir um carro, com dois motores, um na frente e outro na traseira, para isso usaram dois motores da Alfa P3 de 3.165cc que na época desenvolvia 270hp. Ficou então a Alfa Bimotore, com 6.330cc e 540hp.
Para pilotar o carro e encarar os pilotos das concorrentes, que na Mercedes eram Rudolf Caracciola,  Manfred Von Brauchitsch e Luigi Fagioli, e na Auto Union eram Hans Stuck, Achille Varzi e Bernd Rosemeyer, a Alfa e sua equipe Ferrari trouxeram novamente Tázio Nuvolari.

 Tazio na Bimotore, ao seu lado Enzo


Como seu peso, 1.000kg, ultrapassou os 750kg estabelecidos para categoria GP, a Bimotore foi usada para competir na Formula Livre, em corridas como em Trípoli e na Tunísia, Avus. Era rápido, mas consumia muito e seus pneus, primeiro, os Dunlop e depois os Englerbert, não agüentavam, sendo que em Avus, não duraram mais que duas voltas.
Por fim como era moda na época a Bimotore foi usada para recordes de velocidade, tendo com Tázio, em 16 de Junho de 1935 batido o recorde mundial, à uma velocidade de 321km/h de média no quilometro, tendo alcança como máxima incríveis 364km/h, no trajeto Florença-Livorno na Itália. E logo depois o da Milha com 323km/h.
Conta a história que este foi o primeiro carro da equipe Ferrari a usar a imagem do Cavallino Rampante.
Dois exemplares dele foram conservados, um na Inglaterra, totalmente original, e este que o Milton fotografou no Museu Ferrari, feito com muitas peças originais.   

Um motor à frente e outro atrás, ligados ao diferencial, que distribuía a tração para as rodas traseiras por dois eixos.  
Nas laterais os enormes tanques de combustível. Esta a versão para recordes.  



Agradeço ao Milton, pelas fotos e o carinho da lembrança.

Dois links interessante sobro a Bimotor



Rui Amaral Jr