A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

CHARADE Clermont - Ferrand

“Rui, veja uma bela história sobre Clermont-Ferrand!” era o Joel - Joel Marcos Cesetti - que me enviara o link, depois conversando com ele resolvi escrever sobre a bela pista, mais tarde pedi ao Caranguejo que escrevesse algo, ele que já havia mostrado a carreira de Helmut Marko que tristemente acabou ne corrida de 1972, então ele escreveu sobre a corrida.
Foram quatro as corridas de Formula Um nesta pista, 1965 com a vitória de Jim Clark, 1969 com a vitória de Jackie Stewart, 1970 sendo um vencedor Jochen Rindt e 1972 com outra vitória de Stewart, fora esta última de Stewart nas outras três os vencedores foram campeões do mundo.
Então vamos ao post pensado por três cucas!

Rui Amaral Jr  



1965
Jimmy e a Lotus 33
largando para vitória Jimmy seguido de Lorenzo Bandini de Ferrari.
#24 Chris Amon  e #28 Jochen Rindt
Richie Ghinter dá uma carona a Jo Bonnier e Innes  Ireland

RESULTADO
   
1969
Stewart de Matra MS84 parte para vitória tendo ao seu lado Denny Heulme com a McLaren M7A.

1970
Jackie Ickx com a Ferrari 312B pula na frente logo à sua esquerda na foto a Matra MS120 de Jean Pierre Beltoise e Chris Amon com a March 701 #14.
Jochen Rindt, Lotus 72C o vencedor.

1972
Na pole Amon na Matra MS120D tendo ao seu lado Hulme na McLaren M19A.
Amon despacha...
Helmut Marko de BRM P160B à frente de Tim Schenken de Surtees TS9B
Depallier, Tyrrel 004

Corria o ano de 1972 e os brasileiros acompanhavam com entusiasmo a ascensão de Emerson Fittipaldi e a mítica Lotus 72D. Emmo vencera os GPs de Jarama e o de Nivelles Baulers e após a etapa belga, abrira-se um espaço no campeonato, pois o GP da Holanda em Zandvoort fora cancelado em razão da falta de segurança. 
O circo estaria reunido outra vez na pista de Clermont-Ferrand, para a disputa do GP da França. 
Na montanhosa pista de 8 km de extensão, haveria muito em jogo: Jackie Stewart, que estivera ausenta da etapa anterior na Bélgica estava retornando. Perdera muito terreno para Emerson e buscava um bom resultado; sua equipe, a Tyrrell por sua vez, trazia um novo piloto, o local Patrick Andre Eugene Joseph Depailler; na Ferrari, Clay Regazzoni, quebrara o braço jogando futebol(?), seria substituído por Nanni Galli, buscado às pressas na Tecno.
Mas a atração do treino foi mesmo Chris Amon, que colocou seu Matra-Simca MS120 na pole-position, para alegria do Caique Pereira. Outro que aparecia bem era o austríaco Helmut Marko, que colocara seu velho BRM P153 na sexta posição no grid. Marko estava com o mais velho dos chassis da equipe (que às vezes alinhava até cinco carros).
Amon largou bem e saltou na frente, acompanhado de Hulme, Stewart, Ickx e o surpreendente Marko. Emmo, que não treinara tão bem, largara na 8ª posição, mas já se livrara de Mike Hailwood e Tim Schenken. Ele logo deixaria Helmut Marko para trás também, mas na nona volta, o austríaco encostou seu carro. Quando se aproximaram os fiscais notaram que o piloto estava desmaiado no cockpit. Havia sido atingido por uma pedra que atingira a viseira do casco e acertara seu olho esquerdo. Com a perda da visão, Marko jamais pilotaria outra vez, mas mesmo com um olho só, ele não deixou de enxergar as inatas qualidades de um jovem piloto alemão, um certo Vettel, muitos anos depois.
Chris Amon, alheio a esse drama, continuava liderando com muita propriedade o GP da França, mas na 19ª volta, ele também seria vítima das afiadas pedras de Clermont Ferrand. Com um furo no pneu, teve de ir aos boxes, deixando a liderança para Jackie Stewart, que ultrapassara Denny Hulme, que também pararia depois para trocar as gomas. À essas alturas, Emmo já era o terceiro, atrás de Jacky Ickx, numa ótima progressão. Quando Ickx também acusou problemas com pneus, Emerson passou para a segunda colocação.
Já o sempre "zicado" Amon, depois de trocar o pneu, voltou em oitavo, mas numa recuperação igualmente impressionante, ainda foi o terceiro.
E essa foi a última vez que a F1 esteve em Clermont. A velha pista testemunhou a confirmação de Emerson, a saída de cena de Helmut Marko e a estréia de Depailler, que a exemplo de seu ídolo Jean Behra, também tornou-se um dos heróis desaparecidos nas pistas.
Papo pra outro dia.

Caranguejo

CHARADE

1958- Para corrida inaugural do circuito foi realizada uma corrida da categoria GT com a nata dos pilotos da época. A Ferrari levou suas belas e possantes 250 GT com motor de 3.000cc correndo na categoria GT + 2, foram nada menos de nove carros pilotados entre outros por Maurice Trintgnant #88, Olivier de Gendebien #76 , Willy Mairesse #72 e o franco brasileiro Ermano "Nano"da Silva Ramos #80. Entre a grande variedade de carros largou a pequena Lotus Eleven na categoria GT  1.3 pilotada por Innes Ireland, e foi deste pequeno carro com motor Climax de 1.097cc a vitória na geral!

#76 Olivier Gendebien e #72 Willy Mairesse.
  Innes e a Lotus Eleven vitória na geral!


1º #50 Innes Ireland - Lotus Eleven  GT 1.3
2º #88 Maurice Trintgnant - Ferrari 250 GT - 1º na cat GT+2
3º #72 Willy Mairesse - Ferrari 250 GT
4º #76 Olivier de Gendebien - Ferrari 250 GT
5º #80 Nano Silva Ramos - Ferrari 250 GT
6º #40 Jean Claude Vidilles - Lotus Eleven


VÍDEOS DA F.UM
1972



4 comentários:

  1. Bela matéria....Esta pista junto com SPA , Nurburgring sempre foram as mais desafiadoras. Parabéns pela lembrança.

    ResponderExcluir
  2. Parabéns a todos envolvidos no post.Há muita história em Clermont Ferrand inclusive de piloto brasileiro, nosso saudoso Emerson Fittipaldi, Agora todos poderão conhecer uma pista fantástica e desafiadora que foi no passado.

    ResponderExcluir
  3. A pista de Charade não era para os mimosos que correm atualmente. Era para quem tinha coração forte e estômago forte. A ondulação da pista era tão forte que era capaz de nocautear um piloto, como aconteceu com Rindt em 1969.
    Caranguejo

    ResponderExcluir

Os comentários serão aprovados por mim assim que possível, para aqueles que não possuam blogs favor usar a opção anonimo na escolha de identidade. Obrigado por sua visita, ela é muito importante para nós.

Rui Amaral Jr