A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A QUE FOI SEM NUNCA TER SIDO


Ciccio e a Lancia D50

A Equipe Lancia de F1, era uma equipe bem nascida. Mas de brilho fugaz, sumiu para sempre (exceto no Rallys) e numa cruel ironia, viu outros colherem o benefício de seu trabalho e esforço. Falo do modelo D50, obra do húngaro Vittorio Jano, que já havia trabalhado para a Alfa-Romeo. Em 1954, essa equipe italiana contratou o experiente Luigi Villoresi; um novato talentoso, Eugenio Castellotti e ninguém mais, ninguém menos que Alberto Ascari, bicampeão mundial pela Ferrari em 52-53 com uma série impressionante de vitórias (onze). Gianni Lancia tinha grandes planos, mas o modelo projetado por Jano custou a ficar pronto. Ascari e Villoresi chegaram a participar com os modelos 250F da Maserati, durante a temporada e somente estrearam o carro novo no GP da Espanha de 1954.


Alberto "Ciccio"Ascari, Eugenio Castellotti e Luigi "Giggi" Villoresi.

Gigi Villoresi em Pedralbes 1954
Castelotti na Lancia-Ferrari

No ano seguinte e com força total, a Lancia parecia ser a concorrente natural da Mercedes Benz, mas o que pronunciava ser uma grande disputa, evaporou-se em quatro meses, com a morte de Alberto Ascari, treinando em Monza. A Lancia desapareceu juntamente com seu grande piloto, qual mulher que morre de desgosto depois de enviuvar. Com dívidas e desmotivado, Gianni retirou-se das pistas e praticamente doou seus carros para a Ferrari, devido a um acordo que havia entre ele e Enzo. Uma grande jogada para Maranello: os modelos que a Ferrari vinha utilizando, o modelo 625 e o 555, não eram nada competitivos. O curioso é que Ciccio Ascari morrera pilotando uma Ferrari, que utilizaria em dupla com Castellotti na Supercortemaggiore, em um acidente estranho, que não tivera testemunhas. A mesma Ferrari que agora praticamente ganhara os modelos D50, já desenvolvidos e que seriam rebatizados (nem a cor precisou ser trocada).

Juan Manuel Fangio, vitória em Silverstone-1956

 Com eles mais a contratação de Juan Manuel Fangio, o Cavalinho Rampante cavalgou como nunca em 1956, recuperando o título mundial. Quanto aos pilotos da Lancia, Ascari morrera; Gigi Villoresi, que nunca se entendeu com Enzo, foi dispensado e apenas Castellotti foi aproveitado e tentou sobreviver à política de Enzo. Conseguiu manter-se vivo até março de 57.

Carlo Henrique Mércio - Caranguejo

O HOMEM DO "CASCO" AZUL


2 comentários:

  1. Gozaram com o pipiu dos outros, isso sim.

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  2. Lancia D59, un auto maravilloso, que terminó siendo campeón de la mano de Fangio ya reconvertido como Ferrari D50. Esos tanques laterales lucen mucho.
    Abrazos!

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Rui Amaral Jr